a máscara e o olhar.
meu DEUS há uma agonia que cerca meu coração,
há dores que alfinetam meu campo
e sinto as ondulações deletérias
por onde percorremos nestes dias que nos envolvem
e parece que cada dia lhe propõe um cheque e mate
traz em si uma encruzilhada, com vias incertas
com destinos nada claros, indefinidos
e que cada dia pede uma energia a mais do que
foi necessária anteriormente, no ontem
e que parece ser pouco para o que o amanhã
exigirá para o esforço futuro.
há à frente por entre as máscaras cotidianas
olhares indefinidos ainda mais,
que parecem nos distanciar do outro
e reconhecer ainda menos quem está a nossa frente.
de cara limpa, cara que é acometida pela dúvida
e pela tristeza das mais variadas perdas,
nas mais variadas instâncias
que o momento atual nos impõe,
pergunto-me SENHOR, como efetivamente
poderei estar mais presente,
em meio às ausências coletivas
que nos embrenhamos.
será que um dia recuperaremos
o andar de rosto à mostra,
sem com isto levar a inexpressividade das máscaras,
que usamos para nos proteger
de tantas coisas, que nos são ameaçadoras.
mais ameaçadoras , mais que o vírus
mais que os outros,
ameaças alimentadas pelo nosso ego
de querer imprimir sobre as demais
nossas expressões
contidas e protegidas pelas mesmas máscaras
que usamos pra nos proteger
da moléstia sorrateira
que andam pelos caminhos indefinidos,
que está na encruzilhada dos caminhos incertos.
de cara limpa e à mostra,
esta não é capaz de traduzir melhor
o que somos e sentimos,
do que a força dos olhares
que trocamos um com outro,
sobre as máscaras que cobrem nossas faces,
na tentativa de nos proteger da letalidade
e de tantas outras letalidades
que esta mesma máscara retém, com a face coberta,
e que sempre se fez coberta invisivelmente
para os outros há tantos tempos, que se plasmou
tomou forma hoje, escondendo nossas expressões,
expressões sempre inexpressivas da verdade,
por conveniência ou medo do mundo,
mas que mascarados atualmente,
não é possível reter os espelhos da alma,
os olhos e o olhar que sobressaiu,
dizendo da nossa inexpressividade pretérita,
ao estarmos com as caras desnudas,
e que hoje também trazem nos olhares
que são nossas preponderâncias atuais,
o fundo das nossas almas,
que não conseguimos manter inexpressivos,
pois os olhos e olhares, são involuntários
ao nosso desejo e controle,
indicando a expressão que parece se perder
na proteção que plasmamos um dia usar.
hoje seguimos quase que individualmente,
pelas mais variadas restrições que o momento pede,
tendo como livre somente, o olhar.
jo santo
zilá
meu DEUS há uma agonia que cerca meu coração,
há dores que alfinetam meu campo
e sinto as ondulações deletérias
por onde percorremos nestes dias que nos envolvem
e parece que cada dia lhe propõe um cheque e mate
traz em si uma encruzilhada, com vias incertas
com destinos nada claros, indefinidos
e que cada dia pede uma energia a mais do que
foi necessária anteriormente, no ontem
e que parece ser pouco para o que o amanhã
exigirá para o esforço futuro.
há à frente por entre as máscaras cotidianas
olhares indefinidos ainda mais,
que parecem nos distanciar do outro
e reconhecer ainda menos quem está a nossa frente.
de cara limpa, cara que é acometida pela dúvida
e pela tristeza das mais variadas perdas,
nas mais variadas instâncias
que o momento atual nos impõe,
pergunto-me SENHOR, como efetivamente
poderei estar mais presente,
em meio às ausências coletivas
que nos embrenhamos.
será que um dia recuperaremos
o andar de rosto à mostra,
sem com isto levar a inexpressividade das máscaras,
que usamos para nos proteger
de tantas coisas, que nos são ameaçadoras.
mais ameaçadoras , mais que o vírus
mais que os outros,
ameaças alimentadas pelo nosso ego
de querer imprimir sobre as demais
nossas expressões
contidas e protegidas pelas mesmas máscaras
que usamos pra nos proteger
da moléstia sorrateira
que andam pelos caminhos indefinidos,
que está na encruzilhada dos caminhos incertos.
de cara limpa e à mostra,
esta não é capaz de traduzir melhor
o que somos e sentimos,
do que a força dos olhares
que trocamos um com outro,
sobre as máscaras que cobrem nossas faces,
na tentativa de nos proteger da letalidade
e de tantas outras letalidades
que esta mesma máscara retém, com a face coberta,
e que sempre se fez coberta invisivelmente
para os outros há tantos tempos, que se plasmou
tomou forma hoje, escondendo nossas expressões,
expressões sempre inexpressivas da verdade,
por conveniência ou medo do mundo,
mas que mascarados atualmente,
não é possível reter os espelhos da alma,
os olhos e o olhar que sobressaiu,
dizendo da nossa inexpressividade pretérita,
ao estarmos com as caras desnudas,
e que hoje também trazem nos olhares
que são nossas preponderâncias atuais,
o fundo das nossas almas,
que não conseguimos manter inexpressivos,
pois os olhos e olhares, são involuntários
ao nosso desejo e controle,
indicando a expressão que parece se perder
na proteção que plasmamos um dia usar.
hoje seguimos quase que individualmente,
pelas mais variadas restrições que o momento pede,
tendo como livre somente, o olhar.
jo santo
zilá