tranquilidade na maturidade.
quando criança, como todas à medida que os anos passavam, imaginava como eu seria ao me tornar adulto.
junto à este pensamento, e à medida que os anos seguiram imaginei tantas coisas sobre a vida na maturidade, onde o que iria se primar eram a autonomia e a possibilidade da realização dos planejamentos, quaisquer que fossem (que na ocasião eram bem indefinidos).
por outro lado, a educação formal e social dizia que seguindo os bons moldes, fazendo as coisas que nossa sociedade preconiza, havia um largo passo para a tranquilidade futura.
evidentemente não segui por este caminhos, por milhares de peculiaridades de minha natureza, do meu perfil e de minhas limitações.
mas, independente disto consigo observar pessoas que conseguiram trilhar por estes parâmetros e mais vendo que estamos num coletivo de todos nós, cada dia que passa, vejo que independente de como cada um trilhou sua caminhada, esta expectativa se tornou uma falácia. se não foi isso, é perceptível que a mão da coisa toda foi perdida a muito tempo.
na verdade, não sei se perdemos a projeção das nossas coisas, nos preocupando muito com a coisa do outro, se o que adotamos para nós, esquecemos de combinar com os outros e estes as suas coisas conosco, procurando um denominador comum, onde todos conseguiriam ter um lugar neutro, uma intersecção de entendimento e respeito, ou ainda se não fomos devidamente fortalecidos e preparados para as impossibilidades para todas as coisas que cada um de nós desejamos, mas que poderíamos reunir forças e agregar energias para que muitas destas se tornassem factíveis e pudéssemos ter uma vida bem melhor.
não consigo ver aonde quer que olhe, por mais que as imagens apresentem algumas nuances de bem estar, que nós estejamos de fato vivendo bem. que há uma qualidade de vida verdadeira.
parece haver na espreita um turbilhão que pega todos pelos pés e nos deixe muito longe da tranquilidade.
de repente, tudo isto que escrevo seja um recorte de um momento e um olhar meu sobre as coisas. e daí, não releve coisa alguma nem mesmo para minhas coisas, exceto me levar à refletir e analisar de onde vem tais pensamentos e sentimentos.
seja como for, tudo isto me aponta rever pra onde devo levar minha mente e minha energia.
o que de fato tenho pé e onde realmente é sólido para minha realidade neste momento, para tentar encontrar um ponto de equilíbrio para todas essas inconsistências internas, que me faz olhar as circunstâncias com uma lente tão difusa, que pode estar realmente apontando para sinais importantes ou distorcendo concretudes, que me impedem de me liberar de pesos extras que acumulo pela minha inadequação.
não sei se tem algum sentido e na verdade estas palavras acho que não brotaram com o intuito de ter, mas sim de me cutucar...
jo santo
zilá