lamentação política.

sou um preto, completamente fora dos padrões, pobre, periférico e com um conhecimento muito raso das coisas.

que luta para assimilar algumas coisas, pois esqueço tudo e ainda não consigo articular bem.

tenho algumas questões íntimas e pretéritas que preciso resolver dentro de mim, que exigem muita energia e firmeza.

nossa tudo isto seriam motivos pra dar errado tudo.

mas na minha caminhada, DEUS me colocou entre pessoas fantásticas e que procuram o aprimoramento e a aprendizagem constante.

seus exemplos e suas inteligências (das mais variadas naturezas), assim como os valores e a cultura que portavam, me fizeram correr para primeiro entender suas linguagens e segundo, minimamente conseguir me fazer entender e possível de se conviver.

nem sei se consigo bem a segunda coisa.

mas disto, aprendi que a análise, o olhar mais fino e apurado, a razão, a crítica, a reflexão, a constatação, o subjetivo, o implícito e outros detalhes, tem peso relevante para lidarmos com a realidade e os fatos, a medida que estes aparecem.

hoje em dia, falas e falácias não dizem nada: o tempo demonstra o que é firme e verossímil e o que era mais um personagem criado, na interpretação política que temos em nossas vidas.

se entre nós mesmos temos tais papéis para mais ou para menos, o que dizer nos meandros da posição social, poder e economia?

portanto para mim nem alhos e nem bugalhos, destes dá para ver quem são mais autênticos e quem precisa de moletas para se sustentar e de instrumentos e fatos para montar o cenário ideal, fazendo seu personagem.

personagem este que não se sustenta, quando o eu tem que tomar a frente e se fazer de verdade.

daí, respondendo a milhares de questionamentos: a própria necessidade de defesa colocando todos como rivais e também se apoiar nas "prováveis" falhas que aponta dos outros, segundo seu próprio juízo de valor, por que não tem nada de concreto pra pôr na mesa de seu, faz com que perda a legitimidade de si próprio, que observo ser o mais triste da história.

e quem compra esta desconstrução de si como referência, só me resta lamentar.

jo santo

zilá