lamento profundamente por nossas chagas espirituais.
dedico à todas as pessoas que foram acometidas direta e indiretamente pelo covid-19.
estando no dia a dia, atuando com meus amigos de trabalho, vemos companheiros terem que afastar ou por ter contraído ou por estar em investigação e precisar de fato de isolar e sair do contato com outras pessoas, onde inclusive a rotina no lar é seriamente comprometida.
daí vejo um comentário dizendo que o coronavírus é uma farsa e questionando como pode as pessoas morrerem de uma única doença. isso pela descrença na gravidade desta enfermidade, assim como, por ter sido declarada a extensão dos dias do isolamento social.
isso remete a outros comentários que vi, onde a questão era que os índices de criminalidade era a e se tornou b, ou algo na natureza, como a justificar uma ideologia sobre a outra.
daí me faço a mesma pergunta, que pedi permissão na ocasião naquela conversa e trago pra esse contexto.
será que você tem coragem e hombridade de falar isso para quem perdeu algum ente querido ou está sofrendo enfermo nos diversos graus de comprometimento de saúde, sua mesquinha reflexão?
a falta de humanismo e empatia com o outro se torna de uma monstruosidade, que ultrapassa qualquer razão.
o ser, o possuir, o fazer, o ganhar, o faturar, se sobressai ao existir, ao fazer, ao compartilhar, ao doar, ao anistiar, ao dividir, ao parar e se não tem o que dizer de produtivo, para colaborar à solução, se silenciar (por falta de elementos concretos de uma realidade de forma mais ampliada) e não até onde o próprio olhar é limitado pela linha do horizonte particular, que sempre se faz limitada no conjunto do todo, por que ninguém sabe todos os aspectos de um fato, coisa, argumento ou seja lá o que for.
para quem está tentando vencer algo desconhecido, que procura ser identificado com concentração e foco, acabar tendo que ter que atender outros movimentos, ruídos e chamamentos que acabam desviando energia essencial para maior empenho sobre este mal comum, daí pra quem está se expondo ainda mais, fica um trabalho quase insano.
e neste discurso de ter outras enfermidades e tudo o mais, o mesmo se dá para as coisas em todas e possibilidades que temos. o que requer maior prioridade a ser feita no momento?
mas não quero convencer ninguém de nada, pois nesta balbúrdia real que vivemos agora, pra quem não sabia o que era, a balbúrdia chegou, numa babel de interesses próprios, individualizados, que sobrepõem inclusive à dor de quem perdeu seus entes mundo à fora por moléstia e a quem está sofrendo ou entubados em respiradores mundo afora, pois doentes de todas as naturezas se tem mesmo, pelos mais variados males e portanto a escala que está doença acomete, não justifica as especificidades que ela requer.
como é pensado por muitos: morrer todos vamos mesmo e adoecer então, vixe!
o que nunca podemos é parar por justificativa e razão nenhuma.
pois aí sim, muito mais morrerão de fome, por não ter suas ocupações, por não produzirem e justificar com isto sua existência e tudo o mais.
diga isso aos montes de seres humanos que por décadas ininterruptas à exemplo dos etíopes, que morreram sem nenhumas destas pessoas mover uma palha preocupados com suas vidas, que foram destituídas sequer de produzirem, consequentemente de existirem e por conseguinte viverem.
a dor e o sofrimento é menor enquanto não bate a própria porta para enezimas pessoas, por que não é visto, não é sentido mesmo e portanto não diz respeito...
moral da história: por tabela, essa doença tão controversa, trouxe à tona, todas as chagas abertas no espírito humano.
a pergunta é que remédio será eficaz para isto e conseguiremos curá-las (nossas chagas), logo após essa onda passe de uma forma ou de outra?
jo santo
zilá