É FÁCIL SER GAIVOTA, MAS EU PREFIRO SER ALBATROZ
É FÁCIL SER GAIVOTA, MAS EU PREFIRO SER ALBATROZ
É FÁCIL SER GAIVOTA, MAS EU PREFIRO SER ALBATROZ
Se olharmos o horizonte à beira mar, com certeza acharemos como quadro a se apreciar, uma gaivota ou várias, todas muito perdulárias, buscando o alimentar.
Pousando sobre os troncos, ou fios e até pequenos galhos, que insultam as margens marítimas, com seus tocos a servir de base de apoio, as gaivotas observam e analisam o seu circo, onde irão desempenhar o papel necessário de equilíbrio marinho.
Se são omnívoras, também são 'laridaes' e até mesmo 'atis'. Mas são quase 90 espécies, que se espalham pelo mundo afora, parecendo pardais nas cidades, embora só gostem mesmo é das bordas oceânicas, onde apenas ocorrem algumas exceções.
Mas ser como os pardais é buscar o simplismo de quem vive de fortuitos roubos, se alimentando de ações perpetradas, que perpassam a conduta mais altiva de aves que não ficam a disputar com os homens e outros animais, o alimento de que tanto necessitam, como se somente carniceiras o fossem, muito embora tenham o seu papel fundamental ao mundo costeiro.
No entanto, se procuro um acalanto para a alma se ver translúcida, adentrando o paraíso que os ares nos remetem, por não ter correntes que nos segurem, como os seres mais terrestres, do que aquáticos ou aéreos, eu prefiro os mistérios e encantos que somente os albatrozes - com seu número de espécies, que são apenas vinte uma - podem me assegurar, quando enfrento o profundo horizonte que me leva ao alto mar, vendo as ondas tão rebeldes, que assustam até os lobos que navegam, como timoneiros a singrar os abismos oceânicos, que nos guardam os segredos de Netuno, de um mundo mais que uno, pois pluralidade de vida e conteúdo, nos deixam tão miúdos, perante a grandeza que se demonstra, tão kalunga e tão atlântida, sendo sonhos tão românticos, que a Ilíada de Homero e as viagens de Ulisses, sem esquecermos de Julio Verne ou de um viking Ericsson, estão a nos acalentar o imaginário que nos liga ao etéreo, que são todos os mistérios do divino campo, os quais se encerram na excelência do Criador.
E os albatrozes, com sua grande envergadura, que se esticam nos 'diomedea exulans' até os 3.5 metros, nos dão coro ao intelecto de quem plana sobre tudo que é profundo e marinho, com a firmeza de quem nem move suas asas, se esgueirando nas correntes de vento, para em repentes se jogar sobre o leito das águas, para se alimentar.
É então que eu percebo o que é realeza, pois que tem beleza impar de quem está acima de convicções ou de interpretações, pois são os reis que se coroam sobre os mares, numa imponência e majestade, que nem mesmo as cidades eles precisam frequentar.
Os albatrozes só se mostram para os homens quando voam sobre os cascos dos grandes navios, pra colher o que é descarte, muito embora tenham a arte de saber se alimentar, com um olhar bem sincrônico e apuro tão medonho, que nem polvos e lulas lhe escapam do jantar.
Mas eu vivo os meus dias, comparando os meus momentos, que bem sei que são tão breves, mas me ponho como alguém que escreve o que pensa, para quem sabe um dia poder ser lembrado, pois além do alambrado que cerca os nossos campos, o que tenho como acalanto é o sonho de meus atos eu poder eternizar.
E eu busco sempre ser exemplo, mesmo que não seja do agrado de todos que aqui vicejam, pois pluralidade é a máxima que faz a vida continuar, pois as verdades nunca serão absolutas, como o vento nunca sopra para um mesmo lugar, sendo influenciado por muitas coisas que estão no ar, já que gravitamos num espaço celestial, o qual, muito mais do que normal, nos impõe que o casual é mais forte do que imaginamos, já que tudo é esperança no que pode vir a ser, pois todo o mundo de abismos que o império das estrelas e galáxias nos escondem dos nossos momentos cotidianos, são o fermento para os sonhos que não podemos nunca deixar de ter.
Sendo então, uma gaivota ou albatroz, no destino que almejo, vou sonhando meus lampejos de humana querência, pois desde a infância e a minha adolescência, me sei um sonhador de maresias, já que a vida veio um dia, dos mistérios lá do mar.
Com sereias ou tritões a mergulhar, vendo os peixes voadores a dar seus pulos para apreciar a dança das baleias, que nos mostram o ecletismo dos mamíferos, que dão leite para as crias, mesmo que seja sobre os campos ou às margens de Abrolhos, eu vejo a vida se mostrando como arte, e me dando a coragem para os dias eu vencer, sendo mais um albatroz sonhador do que uma gaivota que está todos os dias a olhar a nossa tola humanidade.
Publicado no Facebook em 05/07/2019
Pousando sobre os troncos, ou fios e até pequenos galhos, que insultam as margens marítimas, com seus tocos a servir de base de apoio, as gaivotas observam e analisam o seu circo, onde irão desempenhar o papel necessário de equilíbrio marinho.
Se são omnívoras, também são 'laridaes' e até mesmo 'atis'. Mas são quase 90 espécies, que se espalham pelo mundo afora, parecendo pardais nas cidades, embora só gostem mesmo é das bordas oceânicas, onde apenas ocorrem algumas exceções.
Mas ser como os pardais é buscar o simplismo de quem vive de fortuitos roubos, se alimentando de ações perpetradas, que perpassam a conduta mais altiva de aves que não ficam a disputar com os homens e outros animais, o alimento de que tanto necessitam, como se somente carniceiras o fossem, muito embora tenham o seu papel fundamental ao mundo costeiro.
No entanto, se procuro um acalanto para a alma se ver translúcida, adentrando o paraíso que os ares nos remetem, por não ter correntes que nos segurem, como os seres mais terrestres, do que aquáticos ou aéreos, eu prefiro os mistérios e encantos que somente os albatrozes - com seu número de espécies, que são apenas vinte uma - podem me assegurar, quando enfrento o profundo horizonte que me leva ao alto mar, vendo as ondas tão rebeldes, que assustam até os lobos que navegam, como timoneiros a singrar os abismos oceânicos, que nos guardam os segredos de Netuno, de um mundo mais que uno, pois pluralidade de vida e conteúdo, nos deixam tão miúdos, perante a grandeza que se demonstra, tão kalunga e tão atlântida, sendo sonhos tão românticos, que a Ilíada de Homero e as viagens de Ulisses, sem esquecermos de Julio Verne ou de um viking Ericsson, estão a nos acalentar o imaginário que nos liga ao etéreo, que são todos os mistérios do divino campo, os quais se encerram na excelência do Criador.
E os albatrozes, com sua grande envergadura, que se esticam nos 'diomedea exulans' até os 3.5 metros, nos dão coro ao intelecto de quem plana sobre tudo que é profundo e marinho, com a firmeza de quem nem move suas asas, se esgueirando nas correntes de vento, para em repentes se jogar sobre o leito das águas, para se alimentar.
É então que eu percebo o que é realeza, pois que tem beleza impar de quem está acima de convicções ou de interpretações, pois são os reis que se coroam sobre os mares, numa imponência e majestade, que nem mesmo as cidades eles precisam frequentar.
Os albatrozes só se mostram para os homens quando voam sobre os cascos dos grandes navios, pra colher o que é descarte, muito embora tenham a arte de saber se alimentar, com um olhar bem sincrônico e apuro tão medonho, que nem polvos e lulas lhe escapam do jantar.
Mas eu vivo os meus dias, comparando os meus momentos, que bem sei que são tão breves, mas me ponho como alguém que escreve o que pensa, para quem sabe um dia poder ser lembrado, pois além do alambrado que cerca os nossos campos, o que tenho como acalanto é o sonho de meus atos eu poder eternizar.
E eu busco sempre ser exemplo, mesmo que não seja do agrado de todos que aqui vicejam, pois pluralidade é a máxima que faz a vida continuar, pois as verdades nunca serão absolutas, como o vento nunca sopra para um mesmo lugar, sendo influenciado por muitas coisas que estão no ar, já que gravitamos num espaço celestial, o qual, muito mais do que normal, nos impõe que o casual é mais forte do que imaginamos, já que tudo é esperança no que pode vir a ser, pois todo o mundo de abismos que o império das estrelas e galáxias nos escondem dos nossos momentos cotidianos, são o fermento para os sonhos que não podemos nunca deixar de ter.
Sendo então, uma gaivota ou albatroz, no destino que almejo, vou sonhando meus lampejos de humana querência, pois desde a infância e a minha adolescência, me sei um sonhador de maresias, já que a vida veio um dia, dos mistérios lá do mar.
Com sereias ou tritões a mergulhar, vendo os peixes voadores a dar seus pulos para apreciar a dança das baleias, que nos mostram o ecletismo dos mamíferos, que dão leite para as crias, mesmo que seja sobre os campos ou às margens de Abrolhos, eu vejo a vida se mostrando como arte, e me dando a coragem para os dias eu vencer, sendo mais um albatroz sonhador do que uma gaivota que está todos os dias a olhar a nossa tola humanidade.
Publicado no Facebook em 05/07/2019