SURPRESAS RECENTES NO MEU CAMINHAR!

SURPRESAS RECENTES NO MEU CAMINHAR!

Estamos no hemisfério sul do nosso planeta, onde o clima não tem as estações tão bem definidas como no lado norte.

Aqui, mais genericamente no continental Brasil, por termos predominantemente os climas tropical e equatorial, que tendem a temperaturas mais altas, em ambientes que necessariamente não têm vínculos com áreas desérticas ou em processo de desertificação, a amplitude térmica é que dá a tônica.

E é aqui que encontramos a sensação de só termos duas únicas estações, que seriam um grande verão que secciona o ano com um curto período de inverno.

Mas, o nosso dia a dia não é impactado somente por calor ou frio, por sol ou chuva, e nem por conforto ou desconforto. Afinal, nós temos muitos nichos climáticos, que nos dão amplitude, mas também nos dão um perfil de ecologia que propicia um grau de sobrevivência bastante salutar e robusto, gerando um habitat convergente para o mais eclético e plural mix biológico do mundo, onde o número de espécies é mais difuso e abrangente.

E eu não sei se vou estar certo ou não, mas essa multiplicidade climática, biológica e mineral, que nos proporciona tanta riqueza de opções, vem de encontro a projetos e ordenamentos que buscam normatizar o modo de vida e convívio social de tudo que pulsa e viceja no nosso planeta, por ela - a vida - ser tão frágil e complexa, sujeita a repentes de extinção seletiva ou em massa, que nos exige muito cuidado perante todo e qualquer enfrentamento ou ardorosa busca e defesa de concepções.

Assim foi que me deparei com um veranito que atrasou o refrigerar da minha sanidade, que sucumbe facilmente às intempéries e a qualquer insurreição contra a minha nem sempre salutar opinião, a qual importa eventualmente em valorar comportamentos ou anseios sociais, gerando possíveis conflitos em temas que impactam nas formações culturais e acadêmicas, inferindo perdas.

É por sempre me deparar com eventos desagregadores, como as intempéries climáticas e sociológicas, que busco entender o porquê de sermos tão imprevisíveis em nosso temperamento e humor, como se todo mundo vivesse sob o estigma dos transtornos obsessivos compulsivos, ou algo até pior, que até impedissem um convívio harmonioso entre os contrários.

Sabemos que não nascemos prontos, mas somos como as plumas ao vento, em que viajamos, ou somos levados, ou até somos catapultados pelas correntes de vento cultural e vivências sociais.

E assim é que vamos construindo nossos clubes e clãs, nossos lares e quebra-cabeças de interações, com os que nos apaixonam ou se mostram empáticos, formulando questionamentos constantes das nossas próprias vontades e angústias, dos nossos sonhos ou dos nossos momentos de tirania, em que queremos impor aos demais os nossos defeitos, visto que o quê sempre enxergamos nos outros como errado, são o que nos recalca e nos incomoda em nós mesmos, seres tolos na busca incessante pela abstrata perfeição.

E que venham as nuvens, para que eu enxergue o arco-íris no vapor d'água das chuvas que refletem os fótons solares! E que sejam carregadas de sonhos sublimes ou pesadelos medonhos, a nos recriar todos os dias nos quais acordamos, para novos e alvissareiros horizontes mirarmos, através dessas retinas muitas vezes embaçadas pelo frio, calor ou poeira, que sem eira nem beira vão selar nossos destinos e mistérios gozosos de vida, cada vez mais vivida sem termos convicção do nosso porquê e pra quê existir.

E quê eu não perca os amores e sinceras amizades adquiridos, que não são fáceis de forjar ou consolidar! E que eu perceba como os ossos fraturados são diferentes na juventude ou velhice, em que podem ser colados de novo ou deixar os seus calos e entorses, que reverberação pela eternidade das nossas almas, pois que tanto querem se perpetuar, mesmo que sangrem por padecer de tanto querer amar e ser feliz, plantando sempre as árvores da paz e concórdia, mesmo que sejamos ainda tão imaturos para o tudo que queremos!


Publicado no Facebook em 31/05/2019