*A PAZ SE ESVAI COMO AREIA, SEM AS GOTAS CARAS DA SABEDORIA!*

*A PAZ SE ESVAI COMO AREIA, SEM AS GOTAS CARAS DA SABEDORIA!*

O que difere os seres humanos das demais criaturas terrestres, não são apenas os aspectos biológicos, de sermos onívoros, primatas e mamíferos, ou estarmos estruturados esqueleticamente de um modo bem específico, que nos dá habilidades sui generis, mas a nossa capacidade de gerar a paz ou a guerra, por razões que sobrepõem aos instintos naturais.

Buscamos sempre edificar, mas eventualmente vemos escorrer por nossas mãos, tudo aquilo que imaginamos que seja o construir, quando no fundo de nossas almas, sentimos que realmente o que fizemos foi destruir, pois o que encontramos perfeito, foi feito num tempo que suplanta o nosso pré projeto de pesquisa.

Um dos grandes problemas nesses nosso projeto catedrático, talvez seja os pedais que os veículos automotores possuem ainda, que são o freio e o acelerador, com a mediação da embreagem, que nos permite trocar as marchas, para que nem sempre sejam marciais ou fúnebres, mas de sublimação da lógica que nos clama pela paz.

Precisamos sempre lembrar que estamos sob a luz das estrelas e sóis, que passam pelas nuvens e gases que simulam lençóis, mas que podem ser lenços em que escarramos nossa repulsa insana, que nos retira a sabedoria, nos tornando Midas de ouros e sem os tesouros que nos alimentam, do corpo à alma, a qual fica deveras cara, que nos custa a paz. Paz essa, a qual precisamos às toneladas, para que continuemos a ser árvore frondosa, frutífera e garbosa, no jardim do Éden, em que hoje vivemos, mas não o percebemos, por sermos tolos demais.

Apesar de tanto pensarmos, quase sempre esquecemos que Deus é metáfora, parábola e enigma, mas age como formiga ou raízes, sem percepção de edificações ou de demonstrações de poder, pois não há um porquê de quem é Criador, se mostrar na força da alegria ou dor que sentimos em vida.

Pois esse Ser é a justa medida, cunha do equilíbrio das nossas vontades, que livremente arbitramos, mas só realmente ganhamos quando não fazemos perder, nem deixamos escorrer entre nossos dedos a nossa sadia vontade de viver e deixar que outros também o possam, com felicidade, pois nosso relógio é incompatível e incomparável com o relógio eterno, que segue na poeira das estrelas ou naquelas poeiras e areias, que ainda continuam a serem levadas pelo vento que nos lava as mãos.


Publicado no Facebook em 10/02/2019