A INIQÜIDADE E O JUSTO PERANTE O SENHOR DO BONFIM

A INIQÜIDADE E O JUSTO PERANTE O SENHOR DO BONFIM

Como se deparar com a devoção de um povo que clama por justiça?

Hoje é mais um dia em que os baianos se voltam para a fé e a justiça, pois que sofre o povo, sofre os tementes a Deus e os que se sujeitam dolorosamente ao escrutínio de todos aqueles que possuem o arbítrio sobre a rotina dos demais filhos daquele que existe para todos.

É um dia de reflexão sobre a iniqüidade, pois os justos cada vez mais se demonstram raros, mesmo que saibamos ser um dom que Deus distribuí com graça e amor a todos.

Nesse dia a fé se demonstra ao modo de cada um, não importa o modo de crer, pois que as religiões são modos escolhidos por nós em busca de robustecer o nosso crer no amanhã, mesmo que esse amanhã já não nos permita o desfrutar da vida carnal.

Queimamos pedidos e fitas, maldades e ódios, lavamos nossas almas com fogo, vendo subir as chamas e levar ao vento todo excremento que povoa nossos pensamentos e sentimentos, nos permitindo entender o calor que aquece, mas impede que se esfrie o amor que se mostra para a vitória do que entendemos chegar para apaziguar o coração dos iníquos, cobrando os fatos e não as hipóteses que sussurram diabolicamente ao borbulhar de pensamentos dos que nunca saberão entender o âmago de todos, pois só somos partes e nunca o inteiro, que só é dado ao que nos envolve, nos embalsama, nos faz existir e nos sopra a brisa, a bruma e o hálito da vida, que provém de um único e supremo julgador de nossos erros, acertos e atitudes, que nos elevem às dimensões que nem mesmo ainda estamos aptos a saber ou descrever, na busca de um bom fim.


Publicado no Facebook em 17/01/2019