SOBREVIVER COM CERTOS CRITÉRIOS NOS TIRA O CORAÇÃO QUE PULSA.
SOBREVIVER COM CERTOS CRITÉRIOS NOS TIRA O CORAÇÃO QUE PULSA.
Estive pensando sobre como tanto corri, quanto extrapolei nas minhas jornadas pela vida, quanto não olhei pra dentro e somente corri.
Corri porque a pressa era em me entregar à pressão de tudo que me foi cobrado, seja por todos ou até pelo meu próprio ego de vida, sem balizar onde tudo pode chegar ou onde realmente chegou.
E nesse tanto correr, nem mais sei se cheguei a algum lugar ou ainda estou perdido como que atingido pela caipora, andando em círculos sem conseguir ir em frente, atingido pela inércia mental de tanto sonhar e pouco buscar um aeroporto correto para aterrizar, para fixar minhas mudas de plantas que tanto quis ver crescer para saborear os frutos ou a delicadeza do florir. Para ver os colibris, os mangangás e as abelhas a zoarem e me fazerem arquiteto da minha esperança de vida e como vivê-la.
Só pensar no trabalho pode ter bloqueado o sentido de humanidade que tenho enraizado na alma, pelo idealismo desperdiçado em correria só pensando no ter que nunca chegou, no lado material, já que o que me ampara pro continuar, só credito à família e à compreensão sem limites de quem me cerca, me ampara, me tolera e me ama.
Foram noites perdidas, madrugadas de sangue e suor, de visões dilacerantes, de testemunhos que nem todos poderiam suportar, mas suportei. E hoje pago o caro preço do aflorar do que brota das tragédias, das ausências e sofrimentos meus e alheios, que dão cores e facetas ao semblante que demonstro aos que ainda precisam do tanto que tenho pra dar e partilhar, que vem pela grande esperança de coisas ocultas pela vontade de Deus, que vê o profundo de minha alma a gemer de tanta dor, que brota da incompreensão de tantos que tiveram a oportunidade do meu convívio e dos meus delírios, desde quando fui professor, vendedor, patrão ou ainda policial, de ideais antagônicos e proféticos pelo que se mostra no hoje e no que virá, se o ser humano não buscar dar uma chacoalhada nos seus princípios de vida e caráter para conviver com a diversidade de vontades e verdades cultuadas pela cultura que absorvemos no seio familiar e no que veio como um furacão a penetrar em nossos modos de pensar e querer viver.
E perdemos paulatinamente os glóbulos brancos e vermelhos, nossas vitaminas, proteínas, aminoácidos e tudo o mais que nos nutrem o corpo e o espírito de nossos melhores ideais, nos dando arritmia no pulsar, angina de angústia para viver, quando priorizamos o buscar ter, quando só valemos verdadeiramente pelo ser, que nem sempre se faz compreendido, pois vem em embalagens que herdamos de nossos ancestrais, influenciados pelo acelerado senso de buscar compreender a profundidade quase imperscrutável do ser humano, que é bombardeado por informações, verdadeiras ou fakes, que vêm em turbilhões, que não fomos moldados para digerir em nossos folículos estomacais e nossos sensores neurais, que são alfinetados e dilacerados cotidianamente pelos que tentam manipular nossos quereres e nossos destinos, nossos amores e nossos sinos, que tocam e chacoalham o nosso imaginário sobre se estamos realmente vivos ou só somos o reflexo de um imaginário individual e coletivo de sonhos, que não nos permitem nem mesmo termos mais costumes, já que a tecnologia e o consumismo inoculado midiaticamente não nos permite nem mesmo fazer avaliações sobre o que realmente queremos para viver e pulsar como os quasares e as estrelas, diferentemente do iluminar dos estáticos satélites que nos gravitam a se intrometer no nosso dia a dia que também tem fim.
Publicado no Facebook em 27/11/2018
SOBREVIVER COM CERTOS CRITÉRIOS NOS TIRA O CORAÇÃO QUE PULSA.
Estive pensando sobre como tanto corri, quanto extrapolei nas minhas jornadas pela vida, quanto não olhei pra dentro e somente corri.
Corri porque a pressa era em me entregar à pressão de tudo que me foi cobrado, seja por todos ou até pelo meu próprio ego de vida, sem balizar onde tudo pode chegar ou onde realmente chegou.
E nesse tanto correr, nem mais sei se cheguei a algum lugar ou ainda estou perdido como que atingido pela caipora, andando em círculos sem conseguir ir em frente, atingido pela inércia mental de tanto sonhar e pouco buscar um aeroporto correto para aterrizar, para fixar minhas mudas de plantas que tanto quis ver crescer para saborear os frutos ou a delicadeza do florir. Para ver os colibris, os mangangás e as abelhas a zoarem e me fazerem arquiteto da minha esperança de vida e como vivê-la.
Só pensar no trabalho pode ter bloqueado o sentido de humanidade que tenho enraizado na alma, pelo idealismo desperdiçado em correria só pensando no ter que nunca chegou, no lado material, já que o que me ampara pro continuar, só credito à família e à compreensão sem limites de quem me cerca, me ampara, me tolera e me ama.
Foram noites perdidas, madrugadas de sangue e suor, de visões dilacerantes, de testemunhos que nem todos poderiam suportar, mas suportei. E hoje pago o caro preço do aflorar do que brota das tragédias, das ausências e sofrimentos meus e alheios, que dão cores e facetas ao semblante que demonstro aos que ainda precisam do tanto que tenho pra dar e partilhar, que vem pela grande esperança de coisas ocultas pela vontade de Deus, que vê o profundo de minha alma a gemer de tanta dor, que brota da incompreensão de tantos que tiveram a oportunidade do meu convívio e dos meus delírios, desde quando fui professor, vendedor, patrão ou ainda policial, de ideais antagônicos e proféticos pelo que se mostra no hoje e no que virá, se o ser humano não buscar dar uma chacoalhada nos seus princípios de vida e caráter para conviver com a diversidade de vontades e verdades cultuadas pela cultura que absorvemos no seio familiar e no que veio como um furacão a penetrar em nossos modos de pensar e querer viver.
E perdemos paulatinamente os glóbulos brancos e vermelhos, nossas vitaminas, proteínas, aminoácidos e tudo o mais que nos nutrem o corpo e o espírito de nossos melhores ideais, nos dando arritmia no pulsar, angina de angústia para viver, quando priorizamos o buscar ter, quando só valemos verdadeiramente pelo ser, que nem sempre se faz compreendido, pois vem em embalagens que herdamos de nossos ancestrais, influenciados pelo acelerado senso de buscar compreender a profundidade quase imperscrutável do ser humano, que é bombardeado por informações, verdadeiras ou fakes, que vêm em turbilhões, que não fomos moldados para digerir em nossos folículos estomacais e nossos sensores neurais, que são alfinetados e dilacerados cotidianamente pelos que tentam manipular nossos quereres e nossos destinos, nossos amores e nossos sinos, que tocam e chacoalham o nosso imaginário sobre se estamos realmente vivos ou só somos o reflexo de um imaginário individual e coletivo de sonhos, que não nos permitem nem mesmo termos mais costumes, já que a tecnologia e o consumismo inoculado midiaticamente não nos permite nem mesmo fazer avaliações sobre o que realmente queremos para viver e pulsar como os quasares e as estrelas, diferentemente do iluminar dos estáticos satélites que nos gravitam a se intrometer no nosso dia a dia que também tem fim.
Publicado no Facebook em 27/11/2018