QUANDO A LÁGRIMA CAI SEM INTEMPÉRIE, É A SOLIDÃO BUSCANDO EM CLAMORES DE SILÊNCIO
QUANDO A LÁGRIMA CAI SEM INTEMPÉRIE, É A SOLIDÃO BUSCANDO EM CLAMORES DE SILÊNCIO
Os olhos são contumazes em aguar para não se ver ressecar, ou estão buscando expelir o cisco que incomoda, de um choro que brota por que algo não vai bem?
Mas lágrima que jorra sem incidente palpável, marca a solidão inefável que nos deixa vazios, como postes sem fios querendo entender nossa relativa serventia.
Onde estava o Sol, que não está ao meio-dia, ofuscando um lado como sombras de um fardo, que nos deixa estáticos sem ter rumo pra ir?
Essa lágrima é como terreno arrancado, mesmo que vejamos o revoar dos pássaros. Pois já nos parecem como aves que migram, pois ali já não tem uma boa acolhida para continuar.
Nessa lágrima nos vemos sozinhos, sem mais termos um ninho, só a sombra da tarde de uma única árvore, que estala sementes que nos deixam como a sua casca, manifesta de espinhos, que ferem a alma, selando os caminhos.
Mas o que mais assusta não é o silêncio abissal, que poderia nos mostrar a profunda sabedoria, de perfeita resposta, mas a profundidade do abismo que se mostra no espaço sem limite que nos espera no entardecer de nossas esperanças.
É como estar sobre um atol ou uma rocha a contemplar o cinzento que marca o olhar, à medida que os fótons de luz se esvaem com o anoitecer sem rumo, sem colo, sem bengala de apoio, que nos dê uma chance de ver novamente o brilho no sol a nos invadir o olhar, nem que seja para novamente lacrimejar, buscando suplantar a agonia, que já pode não mais existir, por não mais respirar, sem jamais poder vislumbrar a perfeita resposta para os tormentos da alma, que se pôs a voar, deixando só dor e saudades.
Publicado no facebook em 21/11/2018
QUANDO A LÁGRIMA CAI SEM INTEMPÉRIE, É A SOLIDÃO BUSCANDO EM CLAMORES DE SILÊNCIO
Os olhos são contumazes em aguar para não se ver ressecar, ou estão buscando expelir o cisco que incomoda, de um choro que brota por que algo não vai bem?
Mas lágrima que jorra sem incidente palpável, marca a solidão inefável que nos deixa vazios, como postes sem fios querendo entender nossa relativa serventia.
Onde estava o Sol, que não está ao meio-dia, ofuscando um lado como sombras de um fardo, que nos deixa estáticos sem ter rumo pra ir?
Essa lágrima é como terreno arrancado, mesmo que vejamos o revoar dos pássaros. Pois já nos parecem como aves que migram, pois ali já não tem uma boa acolhida para continuar.
Nessa lágrima nos vemos sozinhos, sem mais termos um ninho, só a sombra da tarde de uma única árvore, que estala sementes que nos deixam como a sua casca, manifesta de espinhos, que ferem a alma, selando os caminhos.
Mas o que mais assusta não é o silêncio abissal, que poderia nos mostrar a profunda sabedoria, de perfeita resposta, mas a profundidade do abismo que se mostra no espaço sem limite que nos espera no entardecer de nossas esperanças.
É como estar sobre um atol ou uma rocha a contemplar o cinzento que marca o olhar, à medida que os fótons de luz se esvaem com o anoitecer sem rumo, sem colo, sem bengala de apoio, que nos dê uma chance de ver novamente o brilho no sol a nos invadir o olhar, nem que seja para novamente lacrimejar, buscando suplantar a agonia, que já pode não mais existir, por não mais respirar, sem jamais poder vislumbrar a perfeita resposta para os tormentos da alma, que se pôs a voar, deixando só dor e saudades.
Publicado no facebook em 21/11/2018