A MORENA QUE ABALA
A fala que não cala, o silêncio não abala.
A bala sem rumo Resvala e o corpo inerte entala, debruça em forma de mandala caindo ao chão vai pra vala.
A visita passeia na sala, o patrão arrumando a mala, e a empregada que o esforço rala, tem um corpo belo de cavala que segue fazendo escala e lá na cama o sono embala.
Muitos sonham acompanha-la pois ao passar o seu cheiro exala, rasga o vestido de gala, não me dá nenhuma pala já me joga na senzala o seu corpo abre ala, me chama e o dedo estala, meu pensamento embala larguei no chão a bengala, parecia um coala, o olhar dessa vassala onde o passo intercala, sonhando com ela casando do mundo me afastando pra morar na Guatemala.