A MORENA QUE ABALA

A fala que não cala, o silêncio não abala.

A bala sem rumo Resvala e o corpo inerte entala, debruça em forma de mandala caindo ao chão vai pra vala.

A visita passeia na sala, o patrão arrumando a mala, e a empregada que o esforço rala, tem um corpo belo de cavala que segue fazendo escala e lá na cama o sono embala.

Muitos sonham acompanha-la pois ao passar o seu cheiro exala, rasga o vestido de gala, não me dá nenhuma pala já me joga na senzala o seu corpo abre ala, me chama e o dedo estala, meu pensamento embala larguei no chão a bengala, parecia um coala, o olhar dessa vassala onde o passo intercala, sonhando com ela casando do mundo me afastando pra morar na Guatemala.

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 24/10/2019
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