valor.
valor.
você já parou pra pensar, o que realmente lhe é motivador?
qual mecanismo dispara ou inibe à algo, alguma coisa, a alguém, etc.
o combustível se chama valor.
o valor atribuído (ou não) é que faz onde se deposita as fichas e quanto das fichas serão depositadas.
além do mais, por que e pra qual finalidade as fichas são depositadas: o que motiva a isso...
o valor das coisas, o que de nossos valores e interesses atribuímos à tudo. tem a ver com a materialidade que atribuímos ao nosso viver.
materialidade que se traduz em resultados para nós, de ordem prática mesmo.
resultados que o objeto valorado se traduz ao que entendemos de utilizável em nossos movimentos por esta experiência de vida.
a materialidade que atribuímos à tudo, como a promover resultados (ou não), e os tipos de resultados montados pelo nosso senso avaliativo (coisa bem subjetiva e relativa no mínimo), é o que faz tornar tudo como algo palpável e objetivado, e por sua vez, com um valor atribuído à sua funcionalidade para nossas relações com o meio e a vida.
tudo isto chancelado pelos nossos interesses e projeções de realizações e conquistas.
daí, de ordem relacional, o valor atribuído, neste movimento de materialização de tudo, acaba por objetivar-nos, coisificando as relações e fazendo com que nos aproximemos ou descartemos logo alguéns, pelo que conseguimos decodificar e valorar (valorizar).
e por isso, e é corretíssimo o termo: "você não me valoriza", "não sou valorizado", "não tenho valor algum! pra você!"
o valor das coisas, de tudo, da vida, das pessoas, do universo é coisificado, pelo nosso olhar materializador sobre tudo.
anteontem, falando sobre estas coisas de capitalismo e socialismo (que pra mim as duas coisas são péssimas e bebem do mesmo mal), meio que numa reação inconformada do outro, houve a ressalva do materialismo... que em pano de fundo, na verdade, estava a materialização de tudo, e tudo pode e passa a ter valor.
até aí tranquilo, mais tranquilo ainda que não precisamos e não nos interessamos por tudo.
mas a o coisificação de tudo, onde tudo é negociável, mercantilizado e tem um valor de consumo, sendo agradável ou desprezado, aí está o perigo e a cilada em que todos nós metemos os pés pelas mãos.
e vendemos e compramos com as mais variadas fichas que temos, assim como descartamos com a mesma fluidez.
atribuímos nossos interesses, nossos valores, nossas impressões à tudo e não permitimos o simples movimento das coisas fluirem de forma mais natural, por elas mesmas, sendo o que são, através delas e não carregadas de um valor externo, atribuído, por um insaciável interesse material, que no final se torna obsoleto, consumível e fragilizado, pois a materialidade, assim como a materialização do que quer que seja, como algo utilizável, não traduz efetivamente o ser da coisa e na essência seu real valor.
jo santo
zilá