Cheirinho de Rádio Suada
Já havia muito tempo que eu não ligava um rádio. No entanto, como estava sem acesso à internet e sentindo-me fora do mundo, resolvi arriscar a sorte de encontrar ainda algo interessante nesse veículo que, a exemplo da televisão, há tempos foi sequestrado pela propaganda, o comércio de produtos meramente descartáveis e a pseudoarte.
Feito isso, logo me deparei com uma canção viral, melodiosa e “romântica”, cuja letra, fez-me compreender um pouco mais a respeito de outras formas de amar, sugerida pelas “modernas” ideologias socialistas, pois dizia assim: “Quero sentir seu cheio, ver o seu corpo suar... Por isso, atende o celular, ‘Isso’ FM!”.
Falando humoristicamente, até parece piada pronta. Mas o mérito fica por conta do compositor e/ou cantor mercantilista, cuja “merchandising” soa como se declarasse sua paixão carnal pelos objetos. Uma Estação de Rádio e a música; assim como toda e qualquer forma de manifestação artística; deveriam contribuir para a edificação de uma sociedade mais culta e bem informada. Mas é claro que Mercado e Arte são duas vertentes que não se encaixam em momento algum. Aliás, não é de hoje que a “modernidade” vem abominando a arte.
Então me restou agradecer à fabulosa canção pelo meu “aprendizado” e desligar o aparelho sonoro com a sensação de que a experiência deixou-me mais culto. Afinal, embora já soubesse que Estações de Rádio têm corpo e soam mal, eu ainda não sabia que suavam e tinham cheiro.
Já havia muito tempo que eu não ligava um rádio. No entanto, como estava sem acesso à internet e sentindo-me fora do mundo, resolvi arriscar a sorte de encontrar ainda algo interessante nesse veículo que, a exemplo da televisão, há tempos foi sequestrado pela propaganda, o comércio de produtos meramente descartáveis e a pseudoarte.
Feito isso, logo me deparei com uma canção viral, melodiosa e “romântica”, cuja letra, fez-me compreender um pouco mais a respeito de outras formas de amar, sugerida pelas “modernas” ideologias socialistas, pois dizia assim: “Quero sentir seu cheio, ver o seu corpo suar... Por isso, atende o celular, ‘Isso’ FM!”.
Falando humoristicamente, até parece piada pronta. Mas o mérito fica por conta do compositor e/ou cantor mercantilista, cuja “merchandising” soa como se declarasse sua paixão carnal pelos objetos. Uma Estação de Rádio e a música; assim como toda e qualquer forma de manifestação artística; deveriam contribuir para a edificação de uma sociedade mais culta e bem informada. Mas é claro que Mercado e Arte são duas vertentes que não se encaixam em momento algum. Aliás, não é de hoje que a “modernidade” vem abominando a arte.
Então me restou agradecer à fabulosa canção pelo meu “aprendizado” e desligar o aparelho sonoro com a sensação de que a experiência deixou-me mais culto. Afinal, embora já soubesse que Estações de Rádio têm corpo e soam mal, eu ainda não sabia que suavam e tinham cheiro.