(dia d)o amigo e a leitura de códigos.
pessoas chegam e partem.
mas os corações delas podem nunca ter vindo de encontro, como por outro lado nunca nos ter deixado, após o encontro que aconteceu.
e neste meio, é que se dá a amizade.
os motivadores, as circunstâncias, a causa é assim, uma química, um mistério, um presente, uma identificação indefinível, pois muitas das vezes são corações compatíveis, dentro de tantas incompatibilidades de gênero, jeito e gênio.
mas as incompatibilidades são justamente a graça, o risível, para os corações amigos. se faz a pimenta mais doce da relação.
mas a marca da presença, na alma, no espírito, na mente e no coração são grafadas à riscos profundos.
essas impressões saudosas, faz com que mais e mais tipos fossem registrados nos que vivem a amizade.
e cada vez mais próximos, parece que os registros se fazem mais profundos e inesquecíveis.
acho que por esta razão, queremos o quanto mais próximo e por mais tempo a presença de quem amamos e somos amigos.
é o vício do tatuado, pelo registro, marca e ação do tatuador sobre seu corpo.
uma vez deixada sua impressão de uma imagem escolhida pelo tatuado, mais e mais traços este quer ter do artista.
é isso, a amizade é uma das maiores obras de arte que existe, onde seus registros imateriais, acalentam o espírito com sua leveza e beleza que beiram às emanações da bondade celeste, em tornar o viver mais belo e a vida menos rígida.
viver em amizade é romper com a solidão e o isolamento da alma.
é poder repartir o coração de forma deliberada, por que a dor de rasgar visceralmente este órgão com o outro, representa o tão importante essa comunhão a é, ainda que imprima um estímulo mais profundo.
ainda que cause dor, vale a pena pelo o outro que sempre consegue ressignificar, mesmo quando não se consegue perceber e compreender.
a amizade traz um eixo, quando se está com os pés soltos no ar, precipitando desfiladeiro abaixo.
os amigos tem um código de barras ou qr, que apontam a validade da relação e pulsam a sua grandeza.
e assim sei a quanto andas os códigos de barra e qr, que meu coração chancelou.
e estes serão reativados, como passaporte ao outro, pela leitura da troca de olhares, quando do reencontro.
jo santo
zilá