O Melhor do Pior
(No contexto da morte ou perda de alguém especial)
Muitas vezes é necessária a experiência no pesar.
Haja o que houver, temos que extrair sempre o melhor das coisas.
É fácil fazer isso quando garimpamos no veio do melhor o seu melhor, difícil e penoso mesmo é a extração do melhor no seio do pior.
A dor quando vem e desembuça o seu véu, por certo nos traz o peso da saudade, da culpa, da tristeza do desamparado, não necessariamente todos de uma vez, nem todos para um mesmo vivente, mas ele, o sofrimento, por óbvio, apresenta, o seu cartão de visitas com esses atributos. É a face do pior, mas mesmo ela, inevitável, como a própria inexorabilidade da vida, aparece para renovar o ciclo da existência e também para nos ensinar algo importante, que num primeiro momento a turvação das lágrimas não permite identificar.
Estou falando do aprendizado, e é aí que devemos extrair o melhor do pior: sorver o ensinamento necessário.
A dor lancinante, o tempo se encarregará de conduzir a um recanto sereno do coração substituindo-a com o desfolhar dos dias por uma lembrança amena dos bons momentos.
Assim acontecerá com todos aqueles que se encontram em alguma medida enlutados, assim aconteceu comigo, assim acontecem com todos.
É a razão deste sábio senhor, o tempo, afinal com perdão do trocadilho, ele, o TEMPO é, de fato, O SENHOR DA RAZÃO.
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
.................................................................................................
CONVITE
Caro Leitor:
Se você tem alguma crítica, elogio ou sugestão sobre este texto não deixe de comentá-lo. Sua opinião é muito importante para que eu possa fazê-lo ainda melhor para você.