indigente.
esta minha alma, este meu jeito indigente, me leva pra lugares aonde você nunca entendeu estar.
esta minha imagem maltrapilha, confunde, perturba, mas faz com que não consiga ser compreendido o que de fato passa comigo.
desleixo de mim? diria!
qual imagem seria mais apropriada apresentar?
indigentemente sigo pela esta estrada tão comum à todos nós.
vejo as mais variadas formas que as pessoas se encontram nela circulando e isto é tão belo aos meus olhos.
será que é tão difícil entender que vejo assim?
o desalinho tem uma metria a ser seguida, na descontinuidade perfeita do infinito, do imponderável.
maltrapilho sigo, mas em cada farrapo, há a marca de uma história intensa, ali vivenciada.
cada remendo conta das coisas inteiras vividas e talvez dos rompimentos e remendos de algumas e outras tantas.
o caminho se torna ainda mais belo por sua irregularidade.
a irregularidade e a incerteza é o que compõe o nosso caminhar e o nosso viver.
é o que dá o tom do aprendizado.
faz desenvolver habilidades inimagináveis.
qual a sua forma de lidar com elas?
procurar te tudo sobre o controle e certinho?
isso parece bom, pra você.
eu vivo no descontrole de cada dia, buscando o remendo perfeito, para a conclusão ideal de meu viver.
nessa colcha de retalhos, que ao final se faz caleidoscópio multifacetado, em intensos desalinhos, desfiados e pontas que pendem que sejam puxadas, convidando a nova desconstrução do ser.
desconstrução deste indigente, eu...
jo santo
zilá