pragmático.

sou uma pessoa que concebe as coisas por simbologias e alegorias, desta forma nada pragmática.

desta forma também vejo que as pessoas são sucintas e práticas. beirando a uma racionalidade extrema.

acho que também em função à velocidade dos dias e horas, parece uma corrida exacerbada para não se perder tempo algum.

e nisto a escuta se torna imediatista e impaciente.

é bem verdade que me perco nestes meus pensamentos e nas palavras a serem proferidas.

é bem verdade também que não paro de pensar e pensar, abstrair e abstrair demais.

divagar e divagar ininterruptamente.

e por muitas vezes na concretude dos atos e na praticidades das coisas acabo me perdendo.

não sou uma pessoa funcional, com certeza.

sou uma pessoa das subjetividades e das probabilidades.

não fecho assuntos, quero desdobrá-los ao máximo, na contramão do desejo de respostas espontâneas e instantâneas que os movimentos dos nossos dias pendem.

é bem verdade que admiro o pragmatismo.

é bem verdade que a objetividade nos conduz a grandes atalhos no dia-a-dia.

mas seguir sempre por estes atalhos, faz perder alguns detalhes e brilhos da vida.

faz com que dispensemos as coisas com a resolutividade quase que imediata, sem ter um maior contato com o objeto e que dele pode ser absorvido com mais atento e cuidado.

sou muito vagaroso pelos meus devaneios, mas isso me faz sentir mais presente aos espaços, ainda que de outra forma e que com outros olhares, muito para além do que o momento que urge pode apresentar.

jo santo

zilá