da boca pra fora.
há palavras ditas que ao escutarmos, destoam com os gestos.
há atitudes que não combinam com o que é dito.
há convites incertos, pois parecem palavras jogadas ao vento.
há palavras faladas, ditas claramente, mas que não são verdadeiramente sentidas.
atendem um propósito ou aoenas uma convenção social, vem premeditadas, talvez, nascendo da mente.
mas sem contato nenhum do coração, ainda que, possa acidentalmente em algum momento este dispositivo, seja acionado no automático.
ainda que esta maneira de resolver algumas situações, venha como uma alternativa ou na força do hábito, de maneira polida.
mas acho que o tempo vai ensinando a perceber que são palavras que saem da boca pra fora.
só não aprendi lidar muito bem com isso.
dá uma impressão que nada ficou ou que nem de verdade existiu algo.
só uma convivência pela força das circunstâncias, num mundo que nos faz ter contato com o que é indiferente, no minimo...
o sentir parece não ter se reconhecido de fato, mutuamente.
ou talvez dele veio o estranhamento.
e na tentativa de não magoar ou encerrar rapidamente o contato imediato, essas palavras.
palavras que saem da boca pra fora, palavras ao vento...
ao menos assim parecem. parecem jogadas ao léu, só para satisfazer a necessidade do momento.
jo santo
zilá