Prevalência.
Nós somos frutos de nós mesmos.
Acho que o dia que aprendermos isso, respeitaremos a nós e as demais individualidades.
Será muito mais simples entender nossas diferenças e aproveitar as informações e a manifestação do outro para conosco.
Não veremos mais diferenças e sim individualidades, que poderão trocar suas particularidades e acima delas criar nossas relações e conexões com o viver, com a vida, com o mundo e com o mundo social a que estamos inseridos;
Vejo como a ortodoxia, nos fecha, nos limita à condições criadas por nós mesmos e que insistimos em não revê-las, reciclá-las, ressignificá-las, a medida que o processo de desenvolvimento humano e a próprio ser se redescobre e se ressignifica.
Acho que a ordem do dia para todos nós se dá na ressiginificação das coisas e de tudo.
Nossas mentes, nossas experiências, nossas racionalidades, nossas emoções, nossos sentimentos, estão sendo transformadas e não pode ser aprisionados à velhas convenções e institucionalizações.
Há de ter uma releitura da vida, dos fatos, da historicidade, da antropologia e sua influência no processo atual que se encontra a vida social e sua diversidade.
A vida social é inerente à vida humana, assim sendo a vida humana também é constituída de sua particularidade.
Acredito que hoje mais do que procurar a harmonização numa padronização do viver em grupo, faz-se necessário a busca da compreensão das particularidades, o mais abrangente possível, para com estas se reatualizar os contratos sociais em que seriam ideais nortearem os seres humanos daqui para frente.
Não sei se me faço claro, mas observo que alem de tantos interesses corporativos e de ordem maior, fomos contaminados com tal individuação, que não permitimos mais o outro interagir conosco com sua forma peculiar.
Há de querer impor a condição pessoal, procurando como justificativa as convenções sociais existentes para esconder tal atitude.
Acho que a ordem do dia é por aí, em minha modesta análise.
Análise que deve se perder em tantas milhares de teorias muito mais fundamentadas, que também podem não ser experimentadas pelos homens em função da manutenção de um sistema ortodoxo e controlador que colocam alguns homens sobre tantos milhares de outros e que na ordem pessoal, faz com que um indivíduo não dê espaço para o outro se manifestar com as características que possui, querendo prevalecer seu modo sobretudo.
Coisas da Zilá
Paulo Jo Santo