Uma mensagem para alguém especial!"(Hoje busco a paz nestas palavras)
Não poderia dormir sem antes escrever estas palavras que a princípio, não passam de muitos caracteres que poucos vão ler. No entanto, estão cheias de verdades que não foram organizadas para muitos e sim, para alguém em especial. Quem sabe você? As adversidades estão em nossas vidas não como uma maneira de castigo ou azar. Mas como o princípio de uma metamorfose que vamos dizer se a aceitamos ou não. Quem passar por ela nunca sairá o mesmo. É como trocar de pele só que, neste caso, é a escamação da alma. Sua renovação. E essa lógica é a primeira lição que aprendemos ao chegar neste mundo. Ela é nos ensinada em um momento muito singular. Na hora do parto. Ele em si, é um momento adverso, desconfortável, são várias sensações nada agradáveis assim experimentadas logo em nossa chegada. Sair do conforto do útero para sentir o ambiente gelado que abate nossa pele, o ar expandindo nossos pulmões, até então, desprovidos dessa lógica, mãos que nos tocam o desligamento do cordão umbilical. Parece que estamos sendo usurpados, para no fim, percebemos a beleza do frescor sobre a pele , sentir o prazer da respiração. Sentir como pode ser tão reconfortante o toque de mãos pelos nossos corpos. Logo ali já deixamos de ser os mesmos. Em poucos minutos, de seres ligados a um casulo a seres livres para um mundo amplo.
Trilhando os caminhos da religião entendemos que Deus fez o seu filho mais amado passar por provações e sentir na pele a morte, não por que ele é um ser sádico, egoísta e vaidoso. Pelo contrário, ele não se encaixa em nenhuma rotulação humana pois está fora do nosso entendimento. Deste plano medíocre. Olhando para seu filho e sua história , podemos dizer que suas provações vieram para torna-lo único e unir os homens da terra em uma única família. União. Desde então, ou desde sempre, momentos assim, aproximam as pessoas. Foi assim com a morte de Cristo, foi assim nas guerras é assim no âmbito familiar. Um grupo sempre se une buscando a superação. Seja qual ela for. E ao final, saem fortalecidos mesmo que haja aquilo que chamamos de derrota. O que ficou para trás ultrapassado está mesmo que não haja louros em nossas cabeças. Quando menciono a palavra família não busco a ideia calcificada por tantos séculos, motivo para levantes moralistas. Me refiro a ideia do grupo que, mesmo em meio a tantas singularidades se reúnem para um bem mútuo, independente de laços de sangue. Fazendo o grito dos três mosqueteiros se transformar em verbo.
A dor e a lágrima são inegáveis, é o que nos torna belos em um mundo como este. Contudo, não devem nos anestesiar e nem causar a tristeza daquele que tem a missão de lutar na linha de frente. Toda dor e toda lágrima restrita a um ombro amigo ou a masmorra de nossos quartos.
Temos que pensar que em dias cinzentos como o de hoje, acima do frio e da chuva, há um deus sol que não para de brilhar e só aguarda o momento certo para secar a terra que já não é mais a mesma após a chuva.
Desejamos a paz, no entanto, as grandes transformações antecedem a ela. O universo não foi feito em uma cosmologia pacífica, nossos corpos se mantém vivos por processos longe de alguma paz.
As adversidades causam o fortalecimento e a busca de propósitos, une aqueles que se amam ou se quer bem. Criam pontes indestrutíveis. O momento é de união. Amém