Interesseiros.
Realmente quando ajudamos alguém, há outras intenções por de trás de tal gesto.
Não há espontaneidade nenhuma. É de caso pensado, sim!
Confesso à todos que ao estendermos nossas mãos, ao desviarmos nossa atenção ao outro, há um único propósito, agregar mais um coração em nossas vidas.
Temos o mal hábito de querermos colecionar corações e amar cada vez mais gente.
Deveríamos nos bastar, mas queremos os outros também.
Acho que mais do que isto, necessitamos do outro para trazer novos elementos, novos significados à nossa vida.
Ao aproximarmos de alguém, queremos entender do que é constituída sua vida, Para nós é importante isso.
Pois temos a gana de entender como nosso mundo é composto: humana, emocional, afetivamente...
Algumas pessoas como e, somos interesseiros ao estar junto à ti, ao outro e a demais gentes. Pois acabamos levando ininterruptamente conosco tais pessoas em nossa mente, em nossos gestos, em nossas emoções, em nossos corações e em nossas vidas.
Portanto, já prevenido e avisado de antemão, somos interesseiros ao aproximarmos de alguém, pois queremos com o outrem aprendermos como sermos mais humanos e como exercitarmos um amor mais próximo do incondicional.
Acreditamos num bem estar coletivo, num aprimoramento conjunto, numa vida melhor, num se fazer junto ao outro. Para isto ficamos à espreita colecionando pessoas e corações.
Não conseguimos sozinhos, confesso.
Somos interesseiros.
Sinceramente necessitamos de mais você e você, na capacidade que tivermos de agregar mais pessoas à gente. Ainda que para isto, necessitemos o artifício de estender a mão e o coração.
Nossa real intenção, interesseiros como somos, é de amar.
Paulo Jo Santo
Zilá