Por que não?

Há livros a ler em cada vida;

Há tesouros encontrados em qualquer via;

Há luz e cor, mesmo na penumbra.

Nenhuma história será perdida

se a certeza caminhar ao dia

em que o amor se descubra.

Ainda que a beleza seja maculada

e a dor, longe de remota, presente,

ressinta-se longe do tempo;

ressoe tão dentro da gente,

deseje presentear-se de vida amada,

anseie sobejar no contratempo,

um senso do que ainda belo pode ser...

Que falem mais alto os olhos a errar!

Que acertem mais beijos, lábios a calar!

Porque assim, o silêncio ensurdecedor

entre os pulsares do coração,

há de declarar todo e puro amor,

o nascer de improvável canção!

Pedro Aldair
Enviado por Pedro Aldair em 11/08/2015
Reeditado em 11/08/2015
Código do texto: T5343118
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