despertador.
e o relógio da vida marca seus pontos.
espero que eu tenha feito tudo que for necessário até o momento do alarme disparar.
e nesse momento quando acordar, acho que levarei comigo a sensação de ter vivido esta vida um dia, talvez sem saber se foi tudo real ou mero fruto da minha imaginação, um sonho.
o que achei viver neste momento da recobrada de consciência talvez seja de muita dúvida, pois como questiona René Descartes, o que atribuímos ser ao sêr das coisas, podem estar repletas de idéias aparentes, impressões, que não condizem de fato com suas naturezas.
poderá não ter sido tão concretas quanto achei.
poderá ter sido na verdade, de outra forma que não conseguirei conceber, todo esse sonho que será meu viver.
daí, eu nem me darei conta disto.
não darei conta nem da própria vida que tive.
ao acordar meio assustado pelo chamamento para despertar do fim do viver.
deste meu processo biológico, que pode ser constituído de imagens que foram apenas um mero sonhar.
paulo jo santo
zillah