apenas a amizade.
na minha vida, no seu transcorrer só quis oferecer uma coisa: amizade.
mas acho que isto é muito pouco, diante de tudo o que acontece na relação das pessoas.
seus pensamentos, seus interesses, suas prioridades.
não tinha me dado conta disto.
não tinha me dado conta também de que existe um padrão que parece ser merecedor da felicidade e de toda atenção, mesmo que nem se importe com o sentimento do outro e com isto: a troca sincera.
e não entendia que tudo que estiver fora do estabelecido, do padrão, do convencional, já é automaticamente execrado.
e não entendia direito a causa de ser alguém aparte.
algumas coisas estão instituídas, e por isso tanta coisa se deu tão gratuitamente.
não conseguia ver tal realidade, apesar de sofrer muitos efeitos disto.
por vezes, até acredito, que o que propunha, o que oferecia tocava, era interessante ao outro.
mas como de repente, algum movimento (externo) parecia mostrar que o que fora oferecido, mostrado, feito, não traria nenhum retorno que normalmente é esperado, idealizado ou postulado.
não pode haver o lugar para o inusitado.
sempre não poderá haver lugar para acolher o diferente. não pode haver.
fere, machuca ao orgulho do estabelecido, do já imposto como regra a ser seguida, aceita, consumida.
precisei de quarenta e cinco anos e também do que me disse a milena, em algum momento de minha vida, o curso de serviço social: "você irá amar".
realmente minha amiga, você entendeu minha alma.
talvez não tivesse acertado pelo motivo, mas pela tomada de consciência que desejara à mim.
nada do que fizesse importaria, pois a amizade para muitos é muito pouco para sustentar tantas cobranças externas, de estar bem e do ser que deu certo,
o vencedor, é alguém pré moldado, que esquece dos sentimentos essenciais. foi algo idealizado e estipulado no início,por alguém, que talvez tenha se passado por filósofo, mas sabe lá por quem.
alguém que se perdeu da única coisa certa, que a amizade nasce pura e de forma incondicional, simplesmente vibrando através das fibras de nosso coração humano, à qualquer outro humano (ou não) que as toquem. simplesmente as toquem.
paulo jo santo
coisas da zillah