sem chão (reencontro).
estou meio sem chão.
meus sentidos estão à flor da pele
e ao mesmo tempo congelados,
assim como o meu olhar, parado...
ligado a um tempo bom.
e sinto isto por ter lembranças suas.
conto o tempo, os minutos,
cada segundo passa como uma vida,
e pareço perder todo dia
minhas sete, das sete vidas ao te esperar,
enquanto consumo a expectativa de te encontrar.
você me faz tão bem,
sua presença compensa cada segundo
do dia passado, soado, vivido
na sua ausência,
mas pensando em ti a cada momento.
pergunto diversas vezes aos Céus,
qual o motivo dessa espera,
qual o motivo desse encontro
e do reencontro das almas.
não se tem resposta alguma,
somente a sensação de que iríamos
(deveríamos!?) nos rever nessa vida.
parece que aguardamos muito,
mas muito tempo para o reencontro,
parece que estava determinado,
o que aconteceu e acontece nesta vida.
mas compensou toda a espera,
destes inúmeros anos,
de toda a existência que não nos víamos mais,
das outras vidas nossas que passaram,
sem que estivéssemos juntos,
para poder nos encontrarmos.
mas valeu a pena esperar, porque hoje,
posso dizer que é muito bom,
poder estar com você,
eu meio que sem chão,
mas sustentado por nosso
reencontro.
paulo jo santo
coisas da zillah