indeterminado (eu).
não estou triste.
na verdade estou com um sentimento indeterminado.
é! perdido nas minhas coisas. o tempo passa e muitas coisas acontecem.
também acredito ser do processo natural, quando acontecem novos acontecimentos, novos fatos, dependendo o quanto estes mobilizam minhas emoções, faz-se necessário organizar meu espaço interno, daí, muitas coisas surgem ou não. mas sinto mexer em meus compartimentos, arquivos e até memórias.
vejo que chegam novas pessoas e que minha capacidade de amar está firme, graças à DEUS.
também sinto que cada vez mais meus atuais e antigos amores, estão mais fortalecidos em mim.
minha gratidão também.
sejo que algumas pessoas estão presentes, mas não são possíveis à mim, e devo confessar que causa uma dorzinha.
tem pessoas que as circunstâncias ou algo nos afastou, e de minha parte nunca me fiz separado destas. mas também sinto uma dor por isso, sou muito apegado. sempre fui!
a natureza humana que grita dentro de mim, esteve sempre presente.
desde meus dois anos, quando morei na avenida jovino de melo (e lembro de alguns fatos de lá), e brincava com meu vizinho marcelo e com as meninas tânia (que era muito maior) e suas irmãs.
a presença do outro significou muito para mim.
acho que isto é a coisa mais indeterminada para mim: por que o outro faz tanta parte de minha vida? por que é tão importante?
me lembro de meus padrinhos indo me ver infância a fora nas datas comemorativas (desde a jovino).
me lembro, pouco depois de ter saído da jovino de melo, de ver um outro aspecto da minha vida, muito cedo, que mudaria tudo e para sempre, significativamente.
me lembro de meus amigos de classe, de meus amigos de catecismo, dos companheiros de seicho-no-ie, mocidade espírita, messiânica, umbanda.
me lembro dos meu companheiros de trabalho desde a revista mensal.
dos amigos da escola. a primeira perda de uma amiguinha a cecília que havia saído da escola e que reencontraria anos depois em outra classe de outra escola.
dos meus professores, amados. sempre foram significativos em minha existência. amo cada um.
dos grupos religiosos que frequentei. e de seus assistidos, e a mim como assistido de alguns também.
meus chefes dos trabalhos que fiz, que na grande maioria foram primorosos para mim (tive uma meia dúzia de chefes ruins, mas realmente foram exceções).
das pessoas que cotidianamente passaram por minha vida, me deixaram algo de si.
me lembro de algumas pessoas que encontrei ocasionalmente e só tive pequenos contatos, ou mesmo um único, mas que representaram algo tão significativo, nos seus símbolos e mensagens. me deixaram grandes legados.
houveram e há tanto o que significar e resignificar, que realmente está muito longe de conseguir concluir-me.
a cada acontecimento e reflexão, mais e mais acabo caindo neste dilema, de amar tanto a quem chega (e poder mudar tal sentimento com o andar da carruagem, pois há pessoas que faço questão de não tê-las perto de mim), que por horas parece estar relacionado com alguma carência, mas seria impossível ter essa carência desde tão novinho. acredito ser uma característica pessoal mesmo.
seja como for, sinto algo indeterminado também ao observar como as relações se dão atualmente; quando tento me expressar e redundo tanto, com sentimentos tão claros de ser colocado e mesmo assim me fogem as palavras na ordem correta; quando algumas coisas acontecem e não consigo respostas; quando me sinto fadigado, mesmo com tudo tão prático de se fazer, se assim o quiser que seja assim.
acho que muitas das coisas podem estar relacionadas com como queira lidar com elas, talvez partindo deste princípio, o da objetividade, possa obter o esclarecimento almejado.
paulo jo santo
zillah