chegando aos onze anos.
No percorrer chegaram pessoas novas, houve a junção de serviços e tive a chance de trabalhar junto de quase todos os funcionários do CRT, aprendendo com cada ponto de vista, com cada olhar, com cada posicionamento.
Em dez anos de servidor, também fiz redes, entrei em contato com outras seções, outros órgãos, outras experiências, outras vidas.
Chegando ao décimo primeiro ano, aprendi que a vida é feita de pessoas (no aspecto humano).
Na logística do trabalho cada pessoa que cruzou comigo, me fez rever o mundo onde estou.
A ferrovia me ensinou a ser profissional e que juntos num ideal acabamos por compor uma história (que foi linda, apesar dos obstáculos); já na prefeitura tive consciência que dentro da história em comum, partilhamos vidas. Vidas estas que são do jeito que conseguem se fazer.
Encerrando os primeiros dez anos e completando onze, lembro que no início desde meu processo admissional, tive ao lado pessoas singulares.
Passei por entrevista com a doce Luzinete, choramos juntos emocionados no final dela. Seria já o presságio de tantas emoções que viveria logo mais.
A chegada no Martins Fontes no primeiro dia de trabalho, onde a Soninha me recebeu. Cheguei muito cedo e ela como era de praxe estava a preparar o ambulatório antes da abertura da unidade de saúde. Isto no início do mês de junho de 2004. Foi assim que fui acolhido no primeiro dia.
Na minha chegada ao CRAIDS, fui recebido pelas pessoas mais diversas, tais como a Elair, a Luzana, a Creuza, a Ana Maria, a Marta, a Dona Francisquinha, a Dona Terezinha, o Dr Paulo Mariano, o Dr Alcino, o Pedrinho, a Inês, a Claudia Floripes, a Eliana Cléia, o Salvador, a Gicelene, a Dra Vera, a Dra Iraty, o Dr Arnaldo, o Richard, a Silvinha, a Teresa, o Lula, o Dr André, a Mónica, a Nilda, a Stela, a Mary Alexandra, entre tantos...
No passar destes anos outras pessoas chegaram, tive o reencontro com minha amiga Valeria. Ela também entrara na prefeitura. Foi substituir a Francisquinha provisoriamente.
Bem depois houve a junção dos serviços. Tive a oportunidade de trabalhar junto de quase todos os funcionários do CRT literalmente.
Aprendendo sempre com que traziam consigo, de modo privilegiado, ao lado.
Nestes dez anos, também voltei a fazer redes, como na ferrovia, entrando em contato com outras vidas, outros olhares, outros ideais.
Evidentemente há pessoas que não gostam da forma como relaciono com tudo, mas mesmo estes, me deram grandes referenciais. Ainda que junto também muitas incertezas e outras certezas.
Quero dizer com isto, que cada um me fez rever o mundo onde estou e suas supostas prioridades. Ou ao menos pensar no assunto.
Na verdade contribuíram significativamente em minha vida.
A vida e nossa ação diante dela se faz com que temos dentro de nós.
Nesses dez anos como servidor, consegui obter muitas coisas maravilhosas, que as lágrimas que caíram diante da Luzinete, nem de longe traduziram tanta emoção e vivência que estaria por vir.
Muito obrigado aos parceiros nesta minha caminhada.
Paulo Jo Santo
Coisas da Zillah