claustrofobicamente.
claustrofobicamente subo e desço os quinze andares deste prédio, num tempo infinito.
mas a sensação não é diferente dos demais que transito, com exceção da plataforma de onde trabalho, tipo monta carga, que é de acesso ao piso superior (o único acima que o prédio possui).
ao estar dentro daquela caixa que esforça-se para erguer o peso do que está em seu interior a cada andar que sobe, ou sustentar o que desce, sinto o tremer da mesma.
vem na mente imediatamente, as milhares de vezes que repete esse esforço o tempo todo.
resta-me suar frio, resignar-me a condição que me coloquei e crer e pedir ao PAI, piamente, que naquele momento não é e/ou não seja o meu derradeiro.
Paulo Jo Santo
Zillah