claustrofobicamente.

claustrofobicamente subo e desço os quinze andares deste prédio, num tempo infinito.

mas a sensação não é diferente dos demais que transito, com exceção da plataforma de onde trabalho, tipo monta carga, que é de acesso ao piso superior (o único acima que o prédio possui).

ao estar dentro daquela caixa que esforça-se para erguer o peso do que está em seu interior a cada andar que sobe, ou sustentar o que desce, sinto o tremer da mesma.

vem na mente imediatamente, as milhares de vezes que repete esse esforço o tempo todo.

resta-me suar frio, resignar-me a condição que me coloquei e crer e pedir ao PAI, piamente, que naquele momento não é e/ou não seja o meu derradeiro.

Paulo Jo Santo

Zillah

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 04/01/2015
Reeditado em 04/01/2015
Código do texto: T5090034
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.