proximidade.
estou numa fase de encontrar inesperadamente pessoas muito amadas...
e por segundos, minutos ou horas reavivamos nossos sentimentos.
e ao olharmos nos olhos, confirmamos que o sentimento permanece firme, como nossas juras de estarmos por perto um do outro (o que é de verdade verdadeira), mas que sabemos, por diversos motivos, acabaremos afastados fisicamente, fazendo cada qual as suas coisas. nutrindo este sentimento especial um pelo outro à distância, pois existe de fato e está posto.
alimentando esta amizade, este sentimento de pertencimento um do outro, que nestes tropeços e esbarrões que damos correndo por aí, reexperimentamos tão intensamente...
é engraçado como parecemos nos sabotar, nesse sentido.
a presença do outro é crucial para animarmos, é de extremo bem estar, mas ainda assim permitimos o afastamento.
a história que nos ligou e ligará sempre reflete pura luz e vida, mas acho que de certa forma temos receio do que fazer com tudo isto que é gerado e meio que deixamos guardado num canto, na reserva, como fazemos com todos os presentes que de tão especiais ou por gostarmos tanto, quase nem usamos para permanecerem inteiros por longas datas.
talvez por receio de se perder ou mesmo de acidentes de percurso (!?)
nem sei dizer!
seja como for e/ou pelas causas que achamos mais prioritárias, ainda saio destes encontros com a sensação que perdemos tempo e oportunidades de colocarmos um pouco mais de coisas boas e importantes em nossa agenda; deixamos de curtir esta felicidade que sentimos quando estamos próximos.
tenho a sensação que ambos saímos após o encontro inesperado em nossas vidas (nesta minúscula fração de tempo que estivemos próximos), que tudo que fora despertado de forma intensa, será engolido por nossos caminhos de distanciamento.
e assim nos permitimos ir.
paulo jo santo
santos/sp, saboó
zillah