Mônica, meu querido amor

Assim devo, narrar uma "h"istória acontecida em meados da década de 70 na pequena e distante localidade de Boi Morto. É necessário que se diga: Distante da capital do estado do Pára, pois era próxima de outras capitais do Brasil.

" Um dia como outro qualquer, assim tinha sido todos os dias antes de conhecer Estela, que na verdade só se chamava assim, complicado. De feminino tinha principalmente os sentimentos e delicadeza em tratar os que lhe respeitavam.

Era forte em atitude, coragem, não em músculos, não era definida e era esbelta. Sua voz era grave. Seus lábios eram lindos, seus olhos brilhavam ao ver um igual. Era respeitada em seu meio pelo amplo conhecimento que detinha de psicologia, medicina caseira até direito. Senão por tais conhecimentos garantia respeito pela força com que tratava os que tentavam fazer piada de sua vida, modo de ser, viver etc.

Todos têm fraquezas, se é que pode ser considerado fraqueza a defesa e exigência por respeito, mesmo com o uso da força. Talvez seja fraqueza pela falta de controle em lidar com algumas situações que já são arquitetadas por pessoas de mau caráter e índole, feitas para tirar o alvo ( pessoa) do controle. Muitos desses, senão todos, salvo um caso que será narrado oportunamente, padeciam da irá de Estefane.

Estefane, seus dentes, lábios de Iracema, boca e todo o conjunto de movimentos que dão origem ao sorriso traziam uma paz e harmonia desejada por todos da localidade Boi Morto. Apesar de ser tudo isso, ou isso, para dizer que era uma pessoa não exageradamente melhor que as outras, porém não menos. Era incontrolável e feroz com aqueles que lhe desrespeitavam ou causavam injustiça a outros que era indefesos ( mulheres, idosos e crianças).

Ouvi dizer, contam. Porém presenciei, também, Estefane sacudindo um sujeito maior e mais musculoso que ela. O motivo era ter chamado-a de ..., omitirei a palavra inominável para evitar a inimizade de amigos e da própria. O sujeito ainda fez, a outros, comentários maldosos de seu andar. Dizendo ser, o andar de Estefane, de ... vadia, devido ser um pouco diferente da maioria que também andava.

Andar é algo natural e espontâneo, mesmo que seja usado como uma forma de se destacar, não deve ser ridicularizado, pois sua finalidade principal creio ser o deslocamento. Assim uns andam de forma igual, pois usam o andar apenas para reduzir distâncias, outros usam para reduzir distâncias e se destacar de forma positiva. Não creio que alguém queira se destacar, intencionalmente, negativamente.

Descrevo, aqui, a fala de alguém que presenciou fatos que comprovam o que é dito no texto "Vi com os olhos que a terra há de comer, nunca havia presenciado igual coisa: Estefane transformando o Fortão em fraquinho, em saco de pancada". Assim dizia Raí, muito amigo de Estefane. A história de amizade das duas será narrada em seguida. É necessário que se reafirme que todos de Boi Morto gostavam de Estefane, tinham respeito por sua pessoa, a não ser Nonato Seixas.

A história de tal desencontro e mal querer será no devido momento clareada, dito os motivos que levam os dois, Estefane e Nonato Seixas, a se desentender e se tonarem rivais, porém ambos sendo queridos no local que se passa a história?..." COnt...

Macaseixa
Enviado por Macaseixa em 25/11/2013
Reeditado em 03/12/2013
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