urbanidade...

urbanidade...

o que pensar da vida urbana?

nas aulas de história, muito intrigante para mim, fora a noção de sociedade e de formas que esta se estabeleceu no transcorrer do tempo e do espaço, que por ventura cada grupo humano conseguiu abarcar e interagir no meio em que interagiu.

fora dois movimentos: o de conseguir se estabelecer (entenda com isto também, a busca por sua sobrevivência) e a articulação entre si (na busca de estruturar-se, prevalecer e mesmo se fixar nos melhores ambientes).

mas nestes movimentos através do tempo o que mais me chamou atenção fora o duelo da vida urbana e campestre.

e lógico, que me salta os olhos são as estruturas das vilas romanas, que ao meu ver emprestou e muito à sociedade contemporânea, a essência de sua formação e estrutura, desembocando nas forma em que estão organizadas as cidades que conhecemos hoje... e também a própria sociedade.

evidentemente que me refiro a uma visão ocidental, que por ventura também me fiz educar através dela...

devido a tantos acontecimentos que permeiam o ser humano, e ainda sendo apenas um cara latino-americano (o que me lembra o cantor), envolto a tantas outras questões particulares, ainda assim me faz sempre que ando por estes caminhos do meu país (coisa que faço num perímetro bem limitado), como a vida urbana tenta se firmar e reinventar...

e me pergunto o que é esta vida urbana?

ser urbano é se sentir cosmopolita, num mundo cada vez mais interligado nas informações que rodam por ele...

estar plugado nas últimas tendências; querer fazer parte do giro econômico mundial de forma mais efetiva?

ser urbano é achar diferente e meio bucólico o viver/estar no campo e a relação que alguns grupos mantém com a agricultura, pecuária e afins?

é sentir algo que remete a aventura quando se fala do silvestre e selvagem?

é achar primitiva a vida em aldeias e afins? uma coisa quase desorganizada e/ou desestruturada...

talvez achar esta vida em aldeia insalubre e periculosa?

é tentar conectar-se com as teorias mais profundas do universo, afim de abarcar a maior intelectualidade que se puder ter?

deve ter o sabor do pertencimento a algo do consciente coletivo e corresponder a todos os protocolos e etiquetas que a vida social pede?

ser urbano é se preparar para o grau mais alto que se possa atingir numa corporação; aliás é pertencer a alguma corporação senão está assim, meio alheio à isto que chamamos de viver à par com esta vida dita urbana.

urbanidade, que conceito é este de fato?

é algo mais etérico ou devaneio muito e erroneamente sobre o assunto para variar...

quiçá é algo de tão prático e elementar nem cabe estas minhas ponderações?

como é se sentir alguém urbano...

é verdade que quando andamos por estes emaranhados arquitetônicos e também por esta gama de estruturas oriundas da engenhosidade humana, nos sentimos urbanos...

já andou por são paulo por exemplo, e parou para observar todo o complexo que se une para fazer aquela cidade funcionar da melhor maneira que se consegue...

é impossível não experimentar a sensação concreta de ser alguém urbano, contemporâneo; que se utiliza do que em tempos mais remotos fora lutado muito para se consolidar e garantir os meios para que esta coletividade pudesse usufruir e coexistir de forma organizada e estruturada, detentora dos meios para seu desenvolvimento e superação.

mas ainda assim, quero acreditar que atrás deste objetivo exista uma mola propulsora filosófica, onde toda essa gama sonhada para se viver urbanamente tenha como fim uma vida mais confortável e feliz à todos seus cidadãos.

olhando para este país, que acredito ser moblilizado pelo pensamento urbano, e que acabamos o tendo embutido em nós, qual conceito de urbanidade move a nossa coletividade?

e como lidamos com tais premissas?

que estrutura, que complexidade de diretrizes e regras que de fatos validamos para referida vida urbana consolidada neste país?

será que esta vida urbana consegue estar em paz com outros movimentos sociais que coexistam aqui?

com que premissas lidamos para interagir nessa nação e com as quais queremos construir este todo que chamamos de Brasil.

Paulo Jo Santo

Santos/SP, Saboó

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 23/06/2013
Código do texto: T4354945
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.