pulsantemente

vivo entre o sagrado

e o profano

entre a busca nos outros

e a perda de mim mesmo

nutrindo-me do primeiro raio solar

com a brisca mais refrescante

e me delicio com a tempestade

que chega inesperada

com seu vendaval e raios

a rasgarem todo o negro-azulado céu

adoro a ordem e a organização

que minha alma pede

mas me lanço,

na mais profunda bagunça

no mais intenso turbilhão

seguindo permanentemente

minha quase inocente

confusão

inspiro sutileza, brandura,

a desejada leveza

mas meu metabolismo

acaba por expelir

insegurança, incertezas, confusão,

aspereza...

quem sabe até eu seja ruidoso?

tenho todo o ideal

edificado em minha mente

mas ajo perdido, por final

nas minhas desconstruções habituais

e todo este universo

que se movimenta

a todo instante dentro de mim

pulsantemente,

me faz ser o que sou...

que nem sei ser.

paulo jo santo

16/02/2013 - 08h20

escrito em santo andré/sp

na casa de meu irmão caçula após acordar.

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 16/02/2013
Código do texto: T4142912
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