O nascer.
A beleza da novatez no turbilhão da vida.
A fragilidade contrastada com a insônia zelosa dos anjos da guarda em saúde.
Nascer dói.
É substituir o quentinho do ventre materno pelas novidades gritantes de cores, sons e pulmões que se abrem.
Suas histórias pregressas dão idéias de como seus futuros se iniciarão.
Mas o lugar comum dos calouros de condição humana já se é notado com o primeiro contato da equipe médica.
Uns, determinados em desbravar o mundo, já chegam chorando e impondo caretas de pura desaprovação aos procedimentos médicos invasivos necessários.
Outros, demoram a entender que não são mais envolvidos pela bolsa materna de proteção: carecem de um incentivo externo para iniciarem a primeira luta de vida solitária.
Participar da primeira adaptação desses pequenos aos primeiros obstáculos de seus geralmente longos caminhos é extremamente recompensador.
São sopros vitais alheios que potencializam a valorização da labareda interior de impulsos propulsores da existência.
É o compartilhamento do mesmo sustento: a vontade de se viver.
Mera inspiração plantonista túrgida de cansaço.