despidos de nós mesmos.
confesso que talvez não fosse para mim estar lá. mas sou um ser que se nutre de emoções.
lá estaria repletada delas (pressenti) e não poderia jamais deixar de vivenciar isto. tinha que presenciar, sentir tal fato.
observei, registrei, conferi cada expressão, cada palavra, cada olhar. e posso dizer com toda a certeza, lá tinha muita gente, muita gente querendo dar um novo foco de vida, redirecionar sua história; tinha quem estava querendo fazer tudo novo a partir daquele momento, também tinha quem nem sabia direito o que fazia ali.
mas uma coisa foi comum à todos os presentes: a comoção.
não sei se se você que está lendo estas palavras já foi tomado por uma onda coletiva, onda esta que mesmo invisível, intangível, imensurável, faz-se nítida aos sentidos, a ponto de conseguir ser vista claramente. a ponto de ser vista avançando sobre tudo e todos, dominando todos os espaços, todas as coisas, todos os seres, tornando tudo bucólico.
nessa transformação da atmosfera, não existiu nada, nenhum cantinho sequer que tenha ficado à parte...
os corações, as mentes de todos os presentes se encontraram, quase que numa completa fusão.
pude com isto testemunhar fora feito tal perfeito jogral,como um espetacular coral, no qual ao se entoar eram os suspiros, as respirações ofegantes, os soluços harmônicos e do fundo d'alma, tudo isto regido pelo amor, mais puro senso de amor incondicional.
e por momentos não estávamos mais em santos, não estávamos cercados de planeta terra; estávamos em outra condição: de seres elevados pelos nossos mais puros e sinceros sentimentos, emoções e desejos de buscar a renovação. estávamos despidos de nós mesmos, mas cheios de todos os outros e do GRANDE PAI.
estava certo em estar lá meio como penetra, pois acresci muito mais à mim.
paulo jo santo
19h54 - 10/09/2012