" MACHADO DE ASSIS": Compreendia que a vida não tem finalidade.

Machado de Assis -José Maria Machado de Assis, (21 de junho de 1839) - (29 de setembro de 2008) , filho de um pintor de cartazes e de uma doceira, é para a literatura brasileira o que Marcel Proust o é para a francêsa, Coloca-se ao lado de Jorge Luiz Borges num sentido nacionalista e ao mesmo tempo universal. Foi comparado a Gustavo Flaubert e Dostoiewski, pronto a dialogar com Freud. Sua obra literária inicia-se na POESIA, depois para a crítica literária e finalmente chega ao romance. É o mais estudado dos escritores brasileiros e sua FORTUNA CRíTICA conta com quase oitenta teses de mestrado, escreveu ROMANCES, CONTOS, TRADUÇÕES, ENSAIOS, POESIAS, foi teatrólogo, mas não filósofo ou pensador.

E$SCREVEU:

POESIAS : "Crisálidas"1864, "Falenas" 1870, "Americanas" e "Ocidentaes" em 1875, e reuniu tudo em "Poesias Completas".

Recomendamos em "Crisálidas".....O verme,

"Falenas".......O leque,

"Americanas"..A flor do Imbiruçu,

"Ocidentaes"..A mosca Azul.

Seus versos são típicos de século XIX, rimados,, com os valoresw da época, inspirados nos ideais positivistas de ação e reação, imersos num conceito de mundo em que os valores são tidos como incontestáveis, definitivos. Refletem a concepção erudita, arcaica de um mundo organizado e que não se apercebia das mudanças filosóficas, sociais, e estéticas que ocorriam. Na época o Rio de Janeiro contava com cerca de 300.000 habitantes, era uma cidade insalubre, malcheirosa cuja população era constituída por maioria analfabeta.

Foi amigo de Paula Brito e José de Alencar. Não viveu de Literatura, mas de emprego na Secretaria da Agricultura.

Fundou a Academia Brasileira de Letras.

Distinguem-se em Machado duas pessoas: o literato, que colaborava em revistas e jornais, discorrendo sobre política, literatura, ópera, historias do cotidiano, não foi abolicionista nem fervoroso defensor do fim da monarquia e proclamação de República.

Casou-se com CAROLINA NOVAIS, que o teria auxiliado no apredizado da língua inglêza. Carolina nasceu no Porto,

em Portugal e seu falecimento em 1904 representou desgaste significativo na vida do escritor.

Passou do Romantismo ao Realismo, explorou a análise psicológica e interessou-se pela observação da consciência de seus personagens e faz reflexão sobre sua própria obra, com humor, pessimismo não desesperado co caráter humanista, como o faz em "Quincas Borba", onde expressa que dor e sofrimento fazem parte dea vida, o que termina só com a morte.

A Literatura Machadiana pode ser dividida em duas fases:

1a. Fase:

"Ressurreição" (1872),

"A Mão e a Luva" (1874),

"Helena" (1876),

"Iaiá-Garcia" (1878),

É a fase do Romantismo, em que os personagens

comportam-se como lhes dita o coração.

2a. Fase:

"Memórias Póstumas de Braz Cubas" (1881)

"Quincas Borba" (1891)

"Dom Casmurro" (1899)

"Esau e Jacó" (1904)

"Memorial de vAires" (1908)

É a fase do Realismo.

A segunda visão que se tem de Machado de Assis é

do mulato eplético, gago, que faleceu de câncer bucal decorrente das crises epléticas. Foi sepultado ao lado de Carolina.

CAROLINA

Querida, ao pé do leito derradeiro,

Em que descansas dessa longa vida,

Aqui venho e virei, pobre querida

Trazer-te o coração de companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro

Que, a despeito de toda a humana lida,

Fez a nossa existência apetecida

E num recanto pôs o mundo inteiro.

Trago-te flores-restos arrancados

Da terra que nos viu passar unidos

E ora mortos nos deixa separados.

Que eu, se tenho os olhos malferidos

Pensamentos de vida formulados,

São pensamentos idos e vividos.

FIM

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 11/09/2011
Reeditado em 15/09/2011
Código do texto: T3213304