CIÊNCIA VIVA DA ARTE
A cenopoesia engraçou
Inquietou ou provocou a roda de Ciência e Arte?
Que conversa entre ciência e arte conforta e desconforta?
Que roda fecha ou abre portas?
Quantas janelas podem ser abertas numa roda de Ciência e Arte?
Que apelos derivam da Arte para a Ciência?
E que Ciência tem aderência com o coração da Arte?
Ciência e Arte se cruzam na linha do tempo
Posto que o coração da Arte é movimento
E o movimento provoca e mobiliza a Ciência
Para o SER MAIS dos nossos
Fazeres
Quereres
Cantares
Viveres
E lutares
Nem todo fazer é luta
Nem toda Ciência é exata
A Ciência que faz arte
Sai da toca
Sai do Campus
E vai a campo
Posto que o campo é mais denso do que o laboratório de fazer ciência
O sujeito que sai do laboratório
Que pula os muros da Academia
Produz Ciência de Vida
Na arte que me toca que toca você
No olhar que me olha que olha você
No abraço que me abraça que abraça você!
A prática e a teoria indicam novo saber
Reconstrói no dia a dia a alegria de viver
Um rede de Ciência e Arte faz a vida acontecer!
A rede é o movimento
Isolamento é paralisia
Dialogismo entre Ciência e Arte
É o caminho que este olhar anuncia!
O produto interno bruto da Ciência, como tecnologia dura fundamenta a cultura da “Economia do Horror”
O produto externo amoroso da arte, como tecnologia leve de cuidado e cuidador seduz e se deixa seduzir pelo coletivo dos olhares...
Os olhares da Arte instigam e chamam a Ciência para “fazer amor”
Quando a Ciência abraça a Arte e a Arte aperta a Ciência
Dar-se a troca fecunda de olhares e de novos saberes e experiências
A Ciência tira a Beca e nua diz para a Arte
Eu vou!
O verbo é “Ir”! O mesmo que fazer amor!
A Arte sempre nua espera por este momento!
Acasalamento marcante que encaminha ao verbo “evoluir”
Evoluir como Ciência viva
Na Arte viva de SER!
Ensaio poético que produzi e recitei como síntese durante o Simpósio Ciência e Arte, em Setembro de 2010, na Fundação Osvaldo Cruz - Rio de Janeiro.
22.09.10 Roda de Conversa 4 (Tenda da Ciência)
Diálogos entre Ciência e Arte (Artistas e Cientistas fazedores)
Coordenação: Vitor Pordeus (SMSDC) e Eleonora Kurtenbach (Espaço Ciência Viva)
14h30 – Ney Matogrosso – Minha relação com o MorHan
14h50 – Helio Rola – Imunologia e arte: algo a ver? Tudo a ver?
15h10 – Amir Haddad – Tá na Rua insiste e resiste em arte com ciência
15h30 – Nelson Vaz – Da Universidade ao Povo: o sonho da Universidade Popular
15h50 – Antonio Pedro – O encontro da cultura com a saúde
16h10 às 17 – Debate e encerramento – Todos ao palco para a foto do evento!