Dos dramas do homem atual
Trânsito. Transeuntes. Transito.
Rótula. Pare. Lentidão...
Pedestre. Pedrada. Pretensão.
Velocidade. Ignorância. Gritos. Tensão.
Transito. E transito em meio a loucura instaurada no caótico ambiente comum dos Homens.
Sob o ardor do estresse.
Ante a observação da fadiga.
Isento de momentos de reflexão.
Ausente de pensar.
O descansar à sombra pode vir a implicar em prisão por vadiagem.
Defendido por lei, o entendimento é de que é defeso relaxar.
E onde você está?
E no que você pensa?
Na fatura da fatura?
No juro sobre os juros?
Nas comissões e todas as formas de opressão que o Dinheiro impõe, pois amparado pelo Poder Federal?
No voto inútil?
No sistema eleitoral onde são eleitos os ditos representantes da plebe, através dos votos em branco? Eleitos por quociente de sigla? Que todos desconhecem?
E a socialização?
E as praças?
E a integração?
E o retorno do Estado?
E a minha porção de terra?
E o meu pacote de benefício fiscal?
Só beneficio o fiscal..
Enquanto isso, lá fora, segue o ritual:
Condução. Ônibus. Mais ônibus. Tração.
Aceleração. Capotagem. Apitos.
Desrespeito. Insensatez. Pobreza.
Vícios. Cios. Dia a dia. Construções.
Rotina. Mesmice. Impaciência.
Falta de ar.
Dor de cabeça.
Desmaios.
E sempre e sempre e sempre presentes... roubo, furto e prostituição.