OS CÂNTICOS DOS DEGRAUS I:
SALMO 120
Dalva Agne Lynch
Foi-me pedido, a mais de dez anos atrás, que fizesse um pequeno estudo no que se conhece comumente, no Cristianismo, como Os Salmos do Peregrino, e, no Judaísmo, como Os Cânticos dos Degraus. Não vou me alongar, nem entrar em detalhes. Cada Salmo terá um comentário bem curtinho, mas, ainda assim, requererá diversas postagens.
Muitas teorias se fizeram em torno de tais Salmos. Por seguro eles estiveram e estão, para sempre, associados à peregrinação dos Judeus a Tzion, o Monte Sagrado, e, aos cristãos, à peregrinação ao Monte Calvário, ambos em Israel. São eles os Salmos de 120 a 134. Devo acrescentar que, nos meus comentários, seguirei a peregrinação judaica a Tzion.
Ao mesmo tempo, examinando cada um desses Salmos, podemos ver que eles são também o Caminho que Cristiano, no famoso livro de Bunian, "O Peregrino", percorreu.
Eles também representam o caminho que todo judeu, ao fazer Teshuvah (o Retorno) percorre.
Por último, esses Salmos são a jornada do Louco do Tarot por todos os Arcanos, coisa que qualquer tarólogo ou estudante da Kabbalah pode reconhecer..
No Judaísmo, eles são recitados de maneira cadenciada e sem entonação (chanted), em grupo. É uma experiência belísssima ouvir os Cânticos assim recitados.
As mulheres podem escolher recitá-los ou não, já que seu trabalho, perante o Eterno, já está feito, ao dar à luz e transmitir a Torah aos filhos no dia-a-dia do lar, e manter os fogos do amor acesos em casa.
Ao contrário do que se pensa, o Judaísmo é uma religião maravilhosa para a mulher, reconhecendo-lhe o trabalho árduo de ser aquela por detrás de tudo o que o homem, como bebê, criança, adolescente e homem, faz. Sem ela, ele nada é e nunca será. Ao mesmo tempo, dá-lhe toda a segurança de um lar estabelecido e reconhecimento pelo seu trabalho - e todos vocês conhecem a fama de mandona da mulher judia, que empurra o marido para cargos políticos, sociais e religiosos. A mulher judia é a "pusher" por excelência. Ela empurra o marido à frente, depois os filhos, depois os netos.
Voltemos aos Cânticos dos Degraus. Estes meus ensaios se baseiam no Sidur (livro de oração judaico), em minhas próprias experiências e estudos variados e nos comentários do Talmude.
O Cântico dos Degraus faz parte da Minchah do Shabbat, ou seja, o ofício judaico da tarde. Diz-se que foi instituído por Isaac, que saía para passear e rezar nos campos (Genesis 24:66).
Esta é a parte do ofício do Templo que substitui o sacrifício diário da tarde, instituído por Moisés no deserto, daí o nome: Minchah, que significa OFERENDA.
Esta oração pode ser rezada a partir do meio-dia e meio (Minchah Guedolah), ou a partir das quinze e trinta (Minchah Ketanah), até o pôr-de-sol.
Abaixo de cada texto, estará sua transliteração. Deixo-lhes com o primeiro dos Cânticos dos Degraus:
SALMO 120
Dalva Agne Lynch
Foi-me pedido, a mais de dez anos atrás, que fizesse um pequeno estudo no que se conhece comumente, no Cristianismo, como Os Salmos do Peregrino, e, no Judaísmo, como Os Cânticos dos Degraus. Não vou me alongar, nem entrar em detalhes. Cada Salmo terá um comentário bem curtinho, mas, ainda assim, requererá diversas postagens.
Muitas teorias se fizeram em torno de tais Salmos. Por seguro eles estiveram e estão, para sempre, associados à peregrinação dos Judeus a Tzion, o Monte Sagrado, e, aos cristãos, à peregrinação ao Monte Calvário, ambos em Israel. São eles os Salmos de 120 a 134. Devo acrescentar que, nos meus comentários, seguirei a peregrinação judaica a Tzion.
Ao mesmo tempo, examinando cada um desses Salmos, podemos ver que eles são também o Caminho que Cristiano, no famoso livro de Bunian, "O Peregrino", percorreu.
Eles também representam o caminho que todo judeu, ao fazer Teshuvah (o Retorno) percorre.
Por último, esses Salmos são a jornada do Louco do Tarot por todos os Arcanos, coisa que qualquer tarólogo ou estudante da Kabbalah pode reconhecer..
No Judaísmo, eles são recitados de maneira cadenciada e sem entonação (chanted), em grupo. É uma experiência belísssima ouvir os Cânticos assim recitados.
As mulheres podem escolher recitá-los ou não, já que seu trabalho, perante o Eterno, já está feito, ao dar à luz e transmitir a Torah aos filhos no dia-a-dia do lar, e manter os fogos do amor acesos em casa.
Ao contrário do que se pensa, o Judaísmo é uma religião maravilhosa para a mulher, reconhecendo-lhe o trabalho árduo de ser aquela por detrás de tudo o que o homem, como bebê, criança, adolescente e homem, faz. Sem ela, ele nada é e nunca será. Ao mesmo tempo, dá-lhe toda a segurança de um lar estabelecido e reconhecimento pelo seu trabalho - e todos vocês conhecem a fama de mandona da mulher judia, que empurra o marido para cargos políticos, sociais e religiosos. A mulher judia é a "pusher" por excelência. Ela empurra o marido à frente, depois os filhos, depois os netos.
Voltemos aos Cânticos dos Degraus. Estes meus ensaios se baseiam no Sidur (livro de oração judaico), em minhas próprias experiências e estudos variados e nos comentários do Talmude.
O Cântico dos Degraus faz parte da Minchah do Shabbat, ou seja, o ofício judaico da tarde. Diz-se que foi instituído por Isaac, que saía para passear e rezar nos campos (Genesis 24:66).
Esta é a parte do ofício do Templo que substitui o sacrifício diário da tarde, instituído por Moisés no deserto, daí o nome: Minchah, que significa OFERENDA.
Esta oração pode ser rezada a partir do meio-dia e meio (Minchah Guedolah), ou a partir das quinze e trinta (Minchah Ketanah), até o pôr-de-sol.
Abaixo de cada texto, estará sua transliteração. Deixo-lhes com o primeiro dos Cânticos dos Degraus:
SALMO 120
Na Minha Angústia, Eterno...
Na minha angústia clamei ao Eterno, e ele me ouviu.
Liberta minha alma, Ó Eterno, dos lábios mentirosos,
e da língua enganosa.
O que te será dado? Ou o que te será feito, a ti, ó lingua falsa?
Agudas flexas do poderoso, com brasas de júniper.
Pobre de mim, que sou peregrino em Mesech,
que habito nas tendas de Kedar!
Há tanto tempo tem minha alma
habitado com os que odeiam a paz...
Eu sou da paz: mas quando falo,
eles só querem guerra...
COMENTÁRIO:
Na Minha Angústia, Eterno...
Na minha angústia clamei ao Eterno, e ele me ouviu.
Liberta minha alma, Ó Eterno, dos lábios mentirosos,
e da língua enganosa.
O que te será dado? Ou o que te será feito, a ti, ó lingua falsa?
Agudas flexas do poderoso, com brasas de júniper.
Pobre de mim, que sou peregrino em Mesech,
que habito nas tendas de Kedar!
Há tanto tempo tem minha alma
habitado com os que odeiam a paz...
Eu sou da paz: mas quando falo,
eles só querem guerra...
COMENTÁRIO:
Este é um pedido de libertação contra o ódio dos inimigos (o que, no texto hebraico, se chama "Lamento").
Júniper é uma árvore também chamada de "árvore da vassoura", que produz um fogo bem rápido e radiante. Quer dizer, ele está dizendo que a língua falsa é como uma flexa flamejante...
Mesech e Kedar são regiões da Ásia Menor, ao norte da Arábia Saudita. O Salmista compara sua vida, em meio a pessoas que só querem brigar, com viver em exílio, em meio a inimigos. Abaixo, a transliteração:
Shir Hamaalot, el
Shir hamaalot, el Hashem batsaráta, li carati vaiaanêni.
Hashem hatsíla nafshi missefat shéker,
milashon remiya.
Ma yiten lecha uma iossif lach lashon remiya.
Chitse guibor shenunim im gachalê retamim.
Oia li ki garti méshech sháchaanti im ahole Kedar.
Rabat shachna la nafshi im sone shalom.
Ani shalom,
vechi adaber hema lamilchama.
(Cânticos dos Degraus II, Salmo 121, está no link http://www.dalvalynch.net/visualizar.php?idt=2825849
Cântico dos Degraus III, Salmo 122, no link
http://www.dalvalynch.net/visualizar.php?idt=4990627
Cântico dos Degraus III, Salmo 122, no link
http://www.dalvalynch.net/visualizar.php?idt=2825849