Capítulo 1
O Que Entendemos por Educação?
Em nosso curso de Magistério aprendemos sobre métodos, técnicas e processos pedagógicos. Mas será que alguma vez paramos para pensar sobre o que é realmente Educação?
Educação vem de “ex-ducere”, que quer dizer “extrair”. Significa que já existe “algo” em nosso interior, só que esse algo precisa desabrochar, sair, crescer. E esse crescimento tem que ser orientado, regado, cuidado com atenção e carinho.
Já pensaram se, quando uma mulher chegasse ao final da gravidez, ao invés de ajudar a criança a sair à luz, nós começássemos a introduzir uma porção de coisas no ventre dessa mulher? Mataríamos a criança. Pois é o que fazemos na nossa “Educação”.
Quando recebemos nossa turma de crianças ou jovens, a primeira coisa em que pensamos é: qual o melhor jeito de colocar todo o programa em suas cabecinhas? E preocupados com toda a matéria a ensinar, mal temos condições de lembrar que nossos alunos são seres maravilhosos, dotados de todas as habilidades e capacidades, criados por um Universo infalivelmente bom e justo. É fato que nem sempre eles estão manifestando essas capacidades, mas eles as possuem latentes e nosso único dever é ajudar a manifestá-las.
Os leitores devem estar perguntando:
- Como? Crianças de nossas escolas públicas, às vezes mal alimentadas, maltratadas, mal amadas, como ajudá-las a manifestar tais capacidades?
E as crianças de escolas particulares, às vezes mimadas por pais ausentes que as presenteiam demais e desde cedo só acreditam na máquina dos vestibulares e em induzir os filhos para profissões que eles nem sabem se vão querer?
Como ajudá-las a desenvolver suas capacidades?
A resposta está em dois pontos básicos.
Em primeiro lugar, acreditar nessas crianças, visualizando-as já possuidoras dessas habilidades e capacidades desejáveis e fazendo-as crescer pela atenção, pelo realce, pelo elogio a qualquer manifestação, por menor que seja do aparecimento delas.
Em segundo lugar, não desanimar pelas falsas aparências, não dar excessiva importância às demonstrações do lado negativo da personalidade. Não permitiremos comportamentos abusivos, mas após a repreensão ou castigo, esses comportamentos precisam ser esquecidos, não mais comentados e a atenção voltada para o lado positivo.
Cultivando esses dois itens, primeiramente em nós mesmos, depois em nossas famílias e nas pessoas com as quais convivemos, ficaremos cada vez mais propensos a acreditar que todos nós somos seres humanos capazes e não desanimaremos jamais com os tropeços manifestados pelas nossas negatividades: essa é a verdadeira auto-estima.
E essa é a verdadeira Educação: cultivar a semente que já existe em cada aluno e que só espera alimento, água e luz para que possa germinar.
continua...
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