Frente e verso em pelo

Sinopse
Godiva alucinada A virgindade perdida no paraíso Para muitas levou-nos até o riso Recobrada que foi por anjo belo Em próximo livro, de autoria outra Inda hoje parece a tantas demais apenas querer-te Inda querem que seja bela Faça bem o sexo, até anal, Que cozinhe, que lave, que passe Chova ou faça sol Que divindade me quer assim tão mal? Se eu não aprendi a fazer doce e sou meia-boca de sal? A medida do mundo não é minha estatura Que tristeza tantas coisas apenas parecerem altas Vez que outra, pelo retrovisor às vejo coladas ao asfalto Sombras do que prometiam os luminosos reclames Outro dia saí nua a campo e só Ninguém teve dó, nem disse que a roupa era bela De princesa ou rainha, ou mesmo fada Deram cana-dura, geladeira, xilindró Eu que me pensava divina - Puta! Diziam aos gritos contra a minha inocência Que tão-só, babaca e extemporânea, buscava o paraíso Ou apenas um anjo, mesmo a pé, a espada em flama, Eu, ainda virgem de segundo nome, sem quem m'o desse (Alguém me passe uma toalha branca, felpuda, pra secar cabelo longo, tu aí, Godiva!) ... Versos meus desentocados, desengavetados, desembolsados, descozidos, descosturados, desmilinguidos e despojados desde 2006. Aberta estou para balaços.
Autor:
Juli Bauer
Formato:
pps
Tamanho:
70 KB
Ano:
2009
Enviado por:
Juli Bauer
Enviado em:
17/03/2009
Reeditado em:
17/03/2009