POEMA DE FLORAIS
O meu primo reside há quase quatro décadas em Londres. No Facebook ele falou de uma paisagem de outono da sua janela e eu respondi lembrando a sua terra natal, na Paraíba:
E esse outono que se mostra em paralelo,
Que timidamente me acena da janela,
Num verde-pálido que se torna amarelo,
Na luz frouxa e na brisa tão suave,
Que aos poucos desnuda todo galho,
E cobre o chão desse ouro e de cascalhos,
De onde nasce a forma dis cristais...
Que mais tarde em flocos se derramam,
Dando lida ao inverno que emana
E nos embala nas lareiras dos Natais!
Napoleon Soares
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Ornamento o poema de florais
E inspiro o perfume em agudeza
Minha alma se embriaga na beleza
Do desmaio das cores angelicais
Passarinhos compõem festivais
Do meu quarto eu vendo este cenário
Cá me lembro do terno balneário
Que está na quente Itapororoca
E do Norte, Brasil, da pororoca,
Madrigal que expressa o mundo agrário
Sander Lee