Re(encontro)
Sentados numa mesa à noite sob a luz das estrelas
Absortos um pelo outro, incapazes de vê-las
Seus olhos brilham num (re)encontro perfeito
Um laço etéreo mas que jamais pode ser desfeito.
Duas almas desfrutando, esbaldando intensidade
Fartas, cheias, leves, servindo-se de vontade
Onde o tempo canta, conhecendo os corações
Em que versos surgem, num delírio de emoções.
A poesia flui entre eles de forma absolutamente natural
Em seu Universo particular, vivem além do bem e do mal
Como se nada além deles sequer importasse ou existisse
Tudo longe de seus corpos quase unos fosse pura tolice
Meia-noite e as estrelas viram letras,
Cor de tudo, pretas, brancas, violetas
Um para o outro, os olhos comemoram
Um pelo outro, a ternura que exploram
O que nasce entre eles é Amor, não tem outro nome
Uma mistura única de carinho, cumplicidade e fome
Geram um novo mundo e um inédito e lindo dialeto
Só juntos, desta forma vislumbram a vida por completo.
E o amor, sem carinho, o que seria dele então?
Poderia, por estímulo, só nascer da ilusão?
É meia-noite e já trocaram tanto o que há de bom,
E meia-noite terminando, será contínuo o doce som...
Ello & Tainá Squisatti
Devo a intensidade desta obra ao caríssimo Ello... Obrigada, Ello, por tão ricas linhas e tão rico sentimento poético. Com certeza o som prosseguirá em nossas poesias!