Vazios - Eugénio de Sá & Di Virtuoso

Vazios

Eugénio de As

Ah lua das ausências incoerentes

Que fria luz na alma de um amante

E a noite assim é solidão bastante

No cio d’almas que penam, inocentes.

Mas se o amor se nega à extasia

Ganha inclemência tal desassossego

Que a pena hesita em contar o segredo

dos vampiros que roubam a alegria.

Noite fechada em breus de sofrimento

Nem as memórias ajudam a esquecer

um só queixume, um ai, ou um lamento.

Quem não vive amarguras sem as querer?

- Mas o amante faz delas seu sustento

Quando se evade o cerne do seu ser.

Portugal/Outubro/2013

Vazios

Dioni Fernandes Virtuoso

Incontrolável dor que nos invade,

tirando a paz do nosso coração;

presas faz-nos da amarga solidão,

a apunhalar-nos, sem ter de nós piedade!

No amargor, deixa o peito enclausurado,

com a mente fervilhando em sofrimentos;

lembrar buscamos divinais momentos,

para tornar tal vazio mero passado!

E mesmo sem querer assim vivemos,

mesclando a realidade às ilusões

na incerteza da vida que teremos!

Mas o tempo mui sábio em suas lições,

a esperança nos dá que viveremos

enfim libertos de tão vis prisões!

Brasil/Outubro/2013

Dioni Fernandes Virtuoso e Eugénio de Sá
Enviado por Dioni Fernandes Virtuoso em 18/10/2013
Reeditado em 06/11/2013
Código do texto: T4531405
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