SAUDADE


Lágrima tão furtiva,
vai sulcando minha tez
Escorre bem vagarosa,
Parando de quando em vez,
Percebe silente, o coração...

Agonia pungente, cansativa,
Deixa-me sem verso, prosa,
Minh'alma torna cativa,
Qual o espinho é da rosa!

Contê-la não posso não...
Escorrendo sinuosa
Persiste tão dolorosa
Nutre-se de solidão


 Denise Severgnini & Edir Pina de Barros