ANJO SEM ASAS (II)

No martírio dos seus dias

De solidão e holocaustos:

Pupilas paralisadas...

Sonhos tristes na madrugada!

Coração liberto nas esquinas

Tem a rua por morada;

Vento frio teu sono embala

Entre alaridos desenfreados!

Papelão por cama na calçada...

Suplica migalhas...

Lágrimas nos olhos,

Por muitos, ignoradas.

Morre o triste a cada sol,

Para viver as sombras serenas,

Do céu que eternamente,

Será a tua morada.

Oh! Anjo sem asas!...

(Macris e Antenor Rosalino)

Antenor Rosalino e Macris
Enviado por Antenor Rosalino em 17/03/2010
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T2143968
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