Meu oceano de amor - Raquel Caminha e Viajo nessas ondas - Giovânia Correia

Meu oceano de amor

Raquel Caminha

Na beleza desse oceano aberto,

Minha alma comunga a Deus.

Afloram-me sentimentos de carinho e afeto,

como sempre me acompanhassem

como um ser único e predileto,

fitando esse imenso universo.

Nasce então a minha poesia singela,

primeira inspiração do dia que amanhece,

em verso, outra vez eu penso nela

e uma luz cintilante do sol me aquece.

Despertam, novamente, lembranças escondidas

que estavam arquivadas em um passado distante,

mas de tão valiosas e não correspondidas

manifestam-se e fulgem como um diamante.

Meu olhar sonhador, lentamente

fito o mar, admirando as gaivotas que os céus dominam.

São relíquias azuis, lindas e tão fascinantes,

são canções em notas graves, que nos tocam e fascinam,

melodias harmoniosas, que enlevam de tão tocantes.

No encanto dessa melodia, olho para o oceano

imenso, ameaçador, e admiro o pescador nele perdido.

Imagino o que ele está rogando a Deus, seu soberano,

certamente será atendido, pois na solidão sempre escondido,

mais suave, então, se torna o seu calvário,

pois os peixes surgem, subitamente, de montão.

Na frescura sem par dessa noite, aparece um cenário,

Jesus caminhando sobre as águas, minha salvação,

de braços abertos sobre as ondas, uma chuva vejo

de gotas reluzentes, entre o céu e o mar.

Escuto a música do vento, que suavemente bafejo,

que penetra meus ouvidos e me faz amar.

Naquele momento, sinto-me flutuando

sobre as águas frias, na luz do luar.

Deslizo sobre elas, e sinto o vento alargando

minhas vestes que com sua força me faz flutuar.

Abrem-se os mares como se fossem asas aladas,

no encanto do infinito, olho para o céu e sinto

toda a sua grandeza, e suas badaladas,

que penetram de minha alma o recinto...

Ele tem o poder de ser meu fiel e caro domador,

pois tem, claramente, a força profunda do meu imenso amor.

Viajo nessas ondas

Giovânia Correia

Viajo nessas ondas,

em que hoje venho me banhar...

Recordando nesse entardecer.

Que nelas podíamos nos amar.

Esse mar é testemunha.

Do nosso grande e insano amor.

Na areia nos deitávamos.

E nos entregávamos com fervor.

Depois de mãos dadas.

Caminhávamos a beira mar.

Olhávamos o horizonte.

Ficávamos a nos beijar.

Ah!...quantas saudades eu sinto...

Hoje estamos tão distantes...

Mas não deixo de te amar.

E de te querer em meus instantes.

Tal qual a história de uma amiga.

A minha alma se põe a comungar.

Toda vez que aqui me encontro.

Contemplando a beleza desse mar.

Não perco a esperança.

De um dia te reencontrar.

Ficaremos aqui bem juntinhos.

Nossos corpos irão se amar.

Giovânia Correia
Enviado por Giovânia Correia em 27/06/2008
Código do texto: T1053889
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