Presa lã na carrasqueira
A noite abafa o sono e a chuva não chega,
À paz serena extingue o pandemônio a que se entrega
à voz tolhe o vazio da clausura
Apesar do olhar que fisga e do toque que lhe apura
Duas vezes esteve impura
- E agora está bem? alguém lho procura.
Na brisa da tarde seu nome lhe descobre
Tácita alegria de tardia hora nobre,
Presa a lã, na carrasqueira a tosquiar-se
Apertada na tripartição das pessoas de infinita hesseidade.