Presa lã na carrasqueira

A noite abafa o sono e a chuva não chega,

À paz serena extingue o pandemônio a que se entrega

à voz tolhe o vazio da clausura

Apesar do olhar que fisga e do toque que lhe apura

Duas vezes esteve impura

- E agora está bem? alguém lho procura.

Na brisa da tarde seu nome lhe descobre

Tácita alegria de tardia hora nobre,

Presa a lã, na carrasqueira a tosquiar-se

Apertada na tripartição das pessoas de infinita hesseidade.

Lirianna
Enviado por Lirianna em 06/02/2023
Reeditado em 27/04/2023
Código do texto: T7712942
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