LÂMPADAS DE ABRIL
Como a chama da lamparina me ilumina;
Sou capaz de incendiar minh'alma dividida.
Sou o amante apaixonado pelas ondas;
Mergulhante naufrago da infinitas ilusões.
Sou terra barrenta que te afoga em lama;
Desejo de te mover ao sufocante beijo.
Sou o guia cega que te louva na escuridão;
Quando apaga-se os desejos em brasa.
E escondo-me para não te ver;
Perdido como um leopardo.
Na chama do fogo abrasador;
Morro por não querer mais viver.