Inundação no RS e Incêndio no Rio
Bom dia, meus amores! Salve; beijão para todos e todas vocês.
Saibam todos e todas, que estou exausto. Dormindo nos calcanhares, mas valeu à pena e as pernas. Ôô se valeu. Rever meus amigos, bibas, bofes, monas e gêneros afins, no show da Tiazona Madonna, foi magnífico.
Nunca imaginei cruzar frente a frente com Ela. Que sensação, que prazer, que emoção fora da curva, ver e ouvir as lavas ruidosas de um vulcão escorrer no palco.
Juro meus amores, fugiria de casa, armava barraca, dava a língua para meus pais (velhos caquéticos e caretas que nem pagar as contas, prestam) pediria uns trocados nos semáforos e largos de igreja para o lanche, quantas vezes for preciso para reviver a experiência, por qual passei. A sessentona é pura energia e desmonta estruturas de aço. Apresentação apoteótica, daquelas que ninguém consegue ficar com os pezinhos parados.
A mente? Ora, ora, a mente fervilhou; e nem precisou de lança perfume, um baseadinho ou de uma carreirinha bem batida. Mas não pense o irmão de ideologia, que não rolou, por que rolou; e muito. Vez para outra, Eu via uma luzinha brilhante em algum lugar. Alí notava que acabaram de acender um incenso de fuminho para o capeta.
O fumacê inundava a multidão e quando a marola rodopiava, feito pião ao redor dos neurônios, os doidões saiam em disparada e mergulhavam nas águas salobras do Oceano Atlântico. Muitos saiam gritando: "mergulhei no mar mediterrâneo, mar mediterrâneo, vinde a mim, dá-dá". Coisa de louco.
Mistério e magia: o Rio foi e sempre será isso. Quão lindo, maravilhoso, foi o espetáculo de luzes e cores: sete cores do arco-íris.
No palco, a Tiazona ia chamando os convidados e aos poucos, Anitta, Pablo (e) Vittar e Cia juntavam à trupe. Aí, sim, a trip e a tropa eram expostas nas bancas da "frutaria Brasil".
"Eu já tive homens brasileiros e sei o que significa safada e bunda suja", bradou Madonna.
Era tanto beijo atravessado de lá, chupa pescoço de cá, língua lambendo peito, que até o diabo perdeu a correntinha de ouro. Só faltou uma revoada de morcegos para completar o orgasmo no fervente cabaré ao céu aberto.
Contudo, o comovente delírio estava por vir e se deu, quando feito serpentes sem peçonha, um(a) precipitou para cima do(a) outro(a), que não se via uma unha, sequer. E tome bate cabelo.
Olha, somente quem é da fuzaca e estava lá, consegue relatar as cenas. Que show! Que volúpia! Que chupada! Que dedada! Que saudade! Aí meu Deus, Eu quero uma Tiazona daquela para mim, todos os dias. Por mais Maddona nas areias de Copabana. Aliás, vou lá agora, ver se ainda sobrou alguma coisa dEla. Pode ser o que for, até uma calcinha suja, mas Eu quero guardar como lembrança, para sempre ver, admirar, cheirar, esfregar, babar. Aaah, que delícia!
Parabéns Bofes, Monas, bibas, meio a meio, indefinidos e gêneros afins, nós merecíamos e fomos agraciados. Tipicamente BraZuca, frutaria é o que faltou...; provando que nós somos fortes e atuantes no processo cultural e humano brasileiro. Se em outras ocasiões, a Tiazona detonou o Brasil, agora Ela retorna à terra exploradora de países subdesenvolvidos, com outra visão, com outra ideia sobre o meu, o nosso, somente nosso, país.
Parabéns, meus amores!! Todavia, quem não lembra de Cazuza, bom gay não é. Cazuza, jamais esqueceremos o que falastes! Você foi o maior defensor de nossa bandeira; e através de seus berros libertários, a liberdade e conquista foram escancaradas.
Liberdade de ser, o que Eu quiser, ser, Eu quero uma para viver. Até que enfim...; demorou, mas chegou.
P.S.: aos que se dizem Cidadãos
A vida começava dar sinais de seu peso real, quando o fulano paga com o suor da cara um pedaço de papel higiênico para limpar os territórios ocultos, os quais não aparecem nas selfies; em compensação, podemos denominar esse posicionamento de vida como ALIA: Aliança Liberdade, Independência e Autonomia.
Quem é que paga o pedaço de papel higiênico usado por você, leitor?