Eu, Milton Nascimento e Mau mé
Em "Encontros e Despedidas" Milton Nascimento cantou: "
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partida...
E uma vez que esperei e não recebi notícias, vim para cá. Os acomodados morrem precocemente. E para não morrer, segui a história: "se a montanha não toma má o mé, Maomé bebe a montanha". Estou aqui, mas como irão ler abaixo, está brabo, terrível, indigesto. Pagando caro -1 Euro quase 6 Reais - para passar perrengues.
Meus amigos e caros leitores, não sou de escrever em primeira pessoa, principalmente, sobre o que faço ou deixo de fazer; porém faz-se necessário dizer que estou na Europa, exatamente na Eslovênia, mas cheio de vontade, pachorrento para voltar ao nosso belo, ordeiro, disciplinado e cumpridor de leis, chamado Brasil.
Fazendo-me entender, não está sendo fácil, ver tanta pobreza, tanta gente sem caráter, jogando lixo em qualquer lugar, desrespeitando o idoso, a criança, os animais, etc.
Por todo lugar que ando, favela. Barracos empilhados sobre barracos. Nos estreitos corredores e becos, pura sujeira e pessoas desocupadas. Nem imaginava a crise que assola esse povo. É uma briga dos diabos por um prato de comida; e para tudo, culpam o governo e deveras, pouca se importa com a massa bruta. E ela que se una...
Outra coisa que chama atenção, são as briga s de classes: é ativista de esquerda, atirando contra os de direita. Aqui ainda há navio negreiro, portanto é negro culpando os brancos do ostracismo, no qual eles estão. Vi e ouvi um grupo pedindo alforria. Reflitam bem, o que ainda impera nessa orbe além-mar.
Ouço sirene. Pelo tamanho do tumulto, deve ser bala perdida, procurando corações apaixonados. Por favor, perdoe-me; mas vou finalizar este. Em breve nos falamos do Brasil; nos falamos do nosso imenso, gigante e belo, pacifico, ordeiro, disciplinado, justo e igual, fraterno, Brasil.
E quando Eu quiser baderna, funque, tiroteio na linha vermelha, tráfico em qualquer esquina, adultério, incêndio no Ninho do Urubu, etc, etc, etc, vou voando para a Europa.
Ontem visitei São Tomé das Letras e para meu espanto, os trens e aviões colidiram parados. Dizem que naquele lugar existem muitas entidades fantásticas, querubins, duendes e magos, os quais reinam sob intervenção dos ventos: soprou, os trens e aviões se deslocam sozinhos e desgovernados, colidem um com os outros.
Chega, basta! Ôô lugar, só Jesus na causa para salvar esses gigantes branquelos. Tenho que guardar o celular rápido, tem um homenzarrão FdP circulando de bike, querendo toma-lo.
- perdeu, perdeu, playboy...; perdeu peregrino!
Até...
P.S: Brasileira: ôô nacionalidadizinha do diabo, sô!!
Viu; tenho um leitor de capa. Sirvo de (ins)piração. Claro, que como disse o Tiririca, é um abestado esquerdista.